quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Amor em palavras




"Vou agarrar nos cabelos do teu desejo, arrastar-te pelo chão da tua vontade e atirar-te para cima de um monte de lençóis mergulhados na anarquia.
Vou tirar-te a roupa, peça a peça, e de ti só quero o silêncio da tua boca e um olhar que aprecie cada gesto meu.
Vou percorrer a tua pele de sol a sol, analisar o teu desenho, apreciar cada contorno teu e ver que na verdade és nada mais nada menos do que perfeita.
Vou fazer da tua pele a minha folha em branco, com a minha língua vou desenhar em ti sentimentos e escrever cada uma das minhas vontades.
Vou a correr para os teus ouvidos, vou contar-lhes segredos que nunca saberás e vou sussurrar-lhes pensamentos que são soltos mas que estão vincados em mim.
Vou deslizar pela tua face e sentar-me nos teus lábios, agarrar neles com firmeza, trincá-los, se preciso for, e depois vou dar voltas loucas na tua língua tímida.
Vou saltar para o teu pescoço e contra ele vou atirar beijos de fogo, respirações ofegantes e duas mãos com a força de um só desejo.
Vou deitar-me nos teus ombros e apreciar o teu corpo, qual alpinista quando atinge o topo do cume.
Vou serpentear por ti, deslizar nos teus poros, trincar o teu aroma, mastigar a tua ânsia e sentir cada pedaço teu.
Vou fazer o teu corpo rebolar num querer mais, obrigá-lo a não parar, hipnotizá-lo e fazê-lo esquecer que o mundo gira, que o sol brilha e que a lua ilumina.
Vou pegar em ti, levar-te ao céu, sentar-te numa nuvem e mostrar-te como o mundo é pequeno quando nós os dois ficamos num só.
Vou abraçar-te com a força de um oceano, beijar-te com a leveza de uma brisa de verão, olhar para ti como quem olha para algo ímpar.
Vou transformar o meu desejo em lava, deixar marcas na tua pele, construir caminhos na tua alma e vaguear pelo teu pensar.
Vou comparar-te com as sinfonias de Mozart, com os pensamentos de Gandhi, com as pinturas de Salvador Dalí e achar que tu és, em tudo, superior.
Vou querer parar o tempo, partir os ponteiros dos relógios, rasgar cada segundo que venha depois e ficar para sempre assim."


http://oolhovivo.blogspot.com/
Texto de Cristiano Moreira (Mais do que um bloguer, bem mais que um amigo! lv you my boy**) 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

II volume da saga Millennium


Olá amigos,

O segundo volume da saga Millennium do escritor Stieg Larsson, intitulado de " A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo", é a minha sugestão para o mês de Setembro.
Stieg volta a surpreender-me com uma história brilhantemente escrita, envolvente e viciante deste a primeira palavra à derradeira página! 
Neste segundo volume, Lisbeth Salander é a personagem central da história ao tornar-se a principal suspeita dos três homicídios cometidos. 
A narrativa desenvolve-se em dois planos paralelos que se complementam e que só a solução do primeiro mistério, conduzirá à descoberta do segundo. 
À semelhança de " Os homens que odeiam as mulheres" Laesson num estilo que lhe é muito próprio, não sente a menor pressa em avançar para a acção, enchendo-nos de imensos detalhes e pequenas histórias, que à primeira vista podem parecer acessórias e até dispensáveis, mas que pelo menos a meu ver, só enriquece a narrativa! Além do que aumentam exponencialmente o suspense a nível de por-me os nervos em franja! 
Não vou desvendar mais sobre a mesma, ou estaria a estragar o prazer de quem a irá lê-la!
Apenas referir que não acho minimamente que este II Volume fique à quem do primeiro. Considero igualmente bom! 
Gostei imenso. E gostei porque além de magistralmente escrito, a história está fascinantemente bem construída. E as personagens são de uma riqueza inigualável. Fico absolutamente abismada como nunca consigo descobrir o fina da trama! Nem suspeitar quanto mais! Nada é o que parecer!
E no final, Larsson faz com que as peças do puzzle, que vai montando ao longo das 600 páginas se encaixem na perfeição!!  

O resultado final é um romance que mais parece um triller!! Movimentado, sangrento e intrigante! 

Muito bom mesmo!!
Espero que gostem!

Até breve**

domingo, 4 de setembro de 2011

Se eu podia viver sem ti?

Olá amigo!

O motivo pelo qual comecei este post com "Olá amigo" é simples. Hoje as minhas palavras são dirigidas a uma pessoa em particular.
Uma pessoa como tantas outras, que entrou na minha vida como um conhecido, aos pouco foi-se tornando um amigo, e que hoje é muito mais que isso!
Não foi fácil chegarmos até aqui... houve tempos em que achei que dificilmente chegarias a transpor a barreira dos conhecidos. 
Confesso-te que por vezes irritavas-me a ponto de apenas tolerar a tua presença. Mas aos poucos comecei a saber como lidar contigo. Aprendi a desvalorizar certas particularidades tuas...que ponham os cabelos em pé! E comecei a entender-te, porque comecei a ouvir-te.
Lentamente foste conquistando a minha admiração e com esta, o meu respeito. Nessa altura, dei-me conta...com alguma surpresa, que gostava de conversar contigo, apesar de raramente estarmos de acordo em alguma coisa!!
Estava assim dado o 1.º passo para a amizade. E foi exactamente isso que fomos durante bastante tempo, amigos.
Contigo aprendi algo muito simples, mas que nunca tinha pensado nisto.
O respeito advém da admiração, e esse é o primeiro degrau da amizade. E é nesse a que normalmente os amigos chegam...e que poucos transpõe. 
Nesse patamar, são mais do que conhecidos, mas a amizade que os une é superficial. Apreciam a companhia uns dos outros, divertem-se juntos mas a confiança que mantém é limitada.
O supremo patamar na escalada da amizade implica um sacrifício pessoal que tem de ser bilateral.  Mais do que respeito e admiração, o derradeiro passo nas relações humanas é a confiança. Uma confiança sem restrições e sem barreiras.
Não é difícil deixar alguém entrar na nossa vida, o complicado é deixa-la conhecer-te na tua essência. E para isso é preciso baixar a guarda, transpor a barreira do medo, da insegurança e do orgulho.
Só assim é possível ter-se num amigo um cúmplice. Só assim é possível confiar ilimitadamente. E só assim é que a amizade, no seu sentido mais restrito faz sentido. 
É precisamente isto que acabei de escrever, que te distingue dos demais. 
A confiança que sentimos um no outro é forte o suficiente para sermos cúmplices um do outro. Para a nossa comunicação ser fluída, honesta e livre de embaraços. 
E é por isso que me conheces como poucos. E é por isso que és tão fundamental para mim! 
Se podia viver sem ti?? Podia. Mas a minha vida teria muito menos cor e seria infinitamente mais difícil!!!
Obrigada amigo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pudesse eu voltar atrás



"Pudesse eu voltar atrás 
Por um instante que fosse...

Voltar àquela página 
Que deixei em branco
E vasculhar os versos
Do poema que não te escrevi
Mas que mesmo assim te ofereci...

Nem percebeste 
Que era poesia 
O que ali estava 
Bem à frente dos teus olhos
Ao alcance dos teus dedos
Mas tão longe do teu sentir...

E inconscientemente 
Leste-o na minha pele
Com as palmas das tuas mãos
Como se o tivesse escrito em Braille 
Mas não o entendeste...

Pudesse eu voltar atrás 
Parar o tempo
Por um instante que fosse...

E corrigir as rimas sem sentido
Desse estranho poema 
Que me marcaram a alma 
E me secaram a fonte dos afectos..."

Maria Dias