terça-feira, 31 de maio de 2011

"Nunca uma derrota, sempre uma lição"


Numa fase em que sentimos que tudo à nossa volta se está a desintegrar. Em que nos apercebemos da dura realidade, que os nossos sonhos não passam de uma ilusão, ficamos sem chão.
Nessa fase, as pedras tornam-se pedregulhos em eminente risco de derrocada, e a nossa força para continuar a lutar foge, assim que estas começam a rolar encosta a baixo.
Neste ponto, existem duas possibilidades: ou ficamos inertes observando as pedras esmagar o que resta de vida, ou decidimos activar o dispositivo de sobrevivência, e lutar como animais que somos.
Uma luta por vezes desigual, e em que o desfecho é tão previsível quanto o final da mais elementar comédia romântica.
Apesar disso, a minha escolha é sempre a mesma, lutar.  
Até o ultimo suspiro de vida.
Até ao derradeiro batimento cardíaco.
Até o sangue nas minhas veias cessar o seu percurso.
Até o meu cérebro virar apenas massa cefálica desprovido de vida.
Depois da batalha, permito-me a mim própria tombar o meu corpo cansados e ensanguentado. E encosto a cabeça nas asas brancas do teu anjo protector.
Adormeço, enquanto este me limpas as feridas e me sussurra ao ouvido:
Agora descansa, cuidarei de ti.
Perdeste, mas lutaste até ao fim!
Lembra-te Sininho, na vida, todos os dias travamos lutas. Umas vezes levamos nós a melhor, outras vezes, levamos uma tareia da vida.
Não as vejas como uma derrota, mas sim, como uma lição!
Aceita-a. Aprende com ela. E tenta não cometer os mesmos erros.
Amanhã recomeças tudo outra vez!

Foto retirada do blogue: http://feemarqui.blogspot.com/

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Crescer...algum dia tinha de ser =)


"...Depois de algum tempo descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode...
...e aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. 
Portanto, planta o teu jardim, e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores."

(Excerto de um texto de William Shakespeare)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ne stultus te et non cognovisti de destitutione


Circula em minhas veias sangue inflamado que me devora como uma oculta labareda.
Suspiro procurando bosques solitários que encho de lamentos e constato que antes de ti, todas as minhas afeições eram efémeras.
O que penso poucos sabem, e ninguém o pode ver.
Penso e não me queixo. Em segredo sei sofrer.
Guardo a sete chaves este amor que corroí e sufoca, mas que preciso dele para sobreviver.
Dou por mim chorando, em desespero resignado de quem já nada espera.
Procuro ocultar as lágrimas que espelham o que tenho negado admitir. 
Neste meu órgão pulsante já não há fogo para alimentar qualquer esperança.
Olho para o futuro, e vejo-o cerrado. 
Sem um único raio de luz que me fite os olhos, para ultrapassar com mais ânimo as trevas do presente.
É neste momento que vejo que a ilusão do teu amor era o laço mais doce e forte que me prendia a este mundo.
Quantas vezes me deixei iludir por ele?
Consolava-me entrando por essa porta que se abria para um mundo imaginário, onde me refugiava da tua indiferença.
Continuo ainda olhando-te com olhar demorado e percutor que por breves instantes aquece-me o coração. Nem te das conta. O meu olhar nada te diz.
Ver-te agora, é uma rara entreaberta de felicidade em meus dias que me envenena o espírito. E que apesar da felicidade que sinto, muito mais mal me causa.
Preciso de acabar com esta tortura que tu inconscientemente me tens infligido.
Resta-me apenas dizer-te Adeus. E matar-te no meu coração.
Já é tempo de por termo a esta doentia ilusão.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E há quem entenda os homens?!?!??!?

Olá amigos,

Costumo dizer que a mente Humana, (pelo menos as que conheço) raramente tem a capacidade de ter gestos ou atitudes, que representem uma total surpresa para mim.
Mas confesso que os meus amigos homens, no assunto particular do romance, são um enigma...bem maior do que, o que levou o Benfica a ser campeão a época passada...
É que apesar de os conhecer bem, quando se tratar de arranjar namorado para mim a conversa é algo deste género:


- "Oh Sininho é evidente que vais acabar sozinha! Não há quem te aguente!
Vês um potencial romance com um amigo quase como um incesto! Uiii isso de misturar as coisas dá sempre uma enorme confusão!!! 
Não te envolves com homens "descompensados" porque não tens nem curso de psicologia e muito menos paciência para lidar com homens problemáticos!
E se sabes que são comprometidos, mas que ainda assim tentam lançar-te charme, afinal...homem é homem... é ver-te franzir o sobrolho, colocar o teu sorrisinho sádico e dispara algo assim:

-"Ai e tal e então conta lá jovem, como em passado a tua namorada? olha o que te digo...uma santa aquela moça, uma santa!"

- É que como se isto já não bastasse para vires a ser uma solteirona, rodeada de gatos e a tricotar  camisolas de lã...colocas defeitos em todos!
Ora porque não te interessam visualmente, sexualmente nem pensar...credo!!!
Ora porque tem menos de 1,70 e tu gostas deles altos e fortes como o hulk...(sem a parte do verde...que a tua cor preferia é o rosa...)
Ora porque são loiros...  tu gostas deles feito tostas muito passadas...
Ou simplesmente porque são pessoas demasiado banais e não te estimulam psicologicamente...


- Não há quem te entenda rapariga! É que perfeitos só os criados pela Disney... e mesmo esses, alguns são loiros!"

Mas depois quando me vêem com algum espécie masculino na mira, ficam logo cheios de cuidados...
Agora a conversa deles é mais ou menos assim:

- "Oh Sininho tu tem cuidado! Olha que nós homens não prestamos! Confia em nós!!!!!!!!!!
Ele vai fazer-te sofrer, enfeitar-te a testa com a namorada do melhor amigo, aproveitar-se da tua inocência e do teu coraçãozinho puro... e o mais certo é isso não durar mais que a alegria dos benfiquistas... porque engravidou a stripper com quem saiu na noite anterior!!!
Deixa-te disso "pica"...! Antes sozinha!

E perante a minha total perplexidade, reviram-me os olhos com impaciência e claro que nesta altura não perdoam o típico...

"- Não há quem entenda as mulheres! Oh bicho complicado"

GRRRRRRRRRRRR!!!!!!!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nós, mas acima de tudo TU"



" Amigos não se procuram, encontram-se
Sentimentos não se fingem, descontrolam-se
O que nos une é forte como o mar que nos separa 
Mudam-se páginas mas o nosso livro não para
Pode mudar a capa mas o interior é eterno 
A distância um dia será sinónimo de inferno
Misturamos as nossas vidas e agitamos com sentimento
Amizade, mesmo curta, não desaparece com o vento
E tu, que vieste de tão longe só para vencer?!
Muito foi vivido e nada será para esquecer
Ensinaste aos homens a força de uma mente
Serás um exemplo para nós, apenas para sempre
Para sempre parece pouco quando falamos de ti
Pintas quadros de amizade que mais parecem de Dali
Desenhas sentimentos puros com a força do amor
Tudo aquilo que crias tem uma pinceladas de esplendor 
Que tu tens o segredo da vida não é novidade para ninguém 
Difícil será viver quando entendermos que a Madeira é bem além
Ainda não partiste e já temos saudade da tua pessoa 
Se houvesse uma rainha da vida era tua a coroa 
Começam a faltar palavras para aquilo que se sente
Bom era parar o tempo e ficarmos assim para sempre
Tu bem perto de nós e a distância ser mentira 
Abraçar-te com a mesma força com que o mundo gira
Há pessoas que ficam para sempre, tu és uma delas
Já conheci muitas mulheres, mas considero-te das mais belas
Obrigada por tudo o que partilhaste connosco, teus amigos
Todos os nossos momentos jamais serão esquecidos
Prometemos" 

Poesia escrita por Cristiano Moreira, http://oolhovivo.blogspot.com/

Porquê que este é e será sempre o meu poema de eleição? Porque foi escrito para mim e sobre mim, por uma pessoa peculiar que nem a grandiosidade das palavras são suficiente para o conseguir descrever. 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Insustentável Leveza do Ser


Olá amigos,

Esta é a minha sugestão para o Mês de Maio!
A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera foi publicado em 1984 e é hoje considerado um clássico incontornável da literatura Internacional! 
A história passa-se em Praga e em Zurique, e narra os amores e desamores de quatro personagens que intrinsecamente se interligaram intimamente e emocionalmente. 
Historicamente enquadra-se numa época sombria, em que a Rússia invadiu a Checoslováquia e pelo clima de grande tensão politica que pairava em Praga. 

Gostei imenso! Mas não é um livro acessível a qualquer tipo de publico. 
Trata-se de um romance aparentemente comum, que relata a história de amor/dependência de Teresa e Tomás. 
Todavia Kundera não se limita a ser um contador de histórias, pelo contrário levanta questões filosóficas pertinentes e inquietantes. Tal como a problemática da leveza e do peso levantada por Parmênedes, a filosofia do Eterno Retorno de Nietzsche e a questão da compaixão, sob o aspecto filosófico do significado desta palavra nas línguas germanica e latina. 
É um livro pesado, denso e envolvente que pela sua genialidade é praticamente impossível espremer todo o sumo que este contem com apenas uma leitura. 

Um romance erótico, que chega a roçar o doentio. Filosoficamente pertinente e magistralmente escrito e conduzido por Kundera! Se tivesse que descrever esta obra seria por estas palavras. 

Não sei quando, mas tenho uma certeza, voltarei a reler este livro! 

Recomendo vivamente! 

Obrigada Catarina Lourenço por me teres indicado este livro. É sem dúvida especial.

Até breve**

domingo, 8 de maio de 2011

Jardim a grande fraude!!!



Olá amigos,

Não, " Jardim a grande fraude" não é a minha sugestão de leitura para o Mês de Maio, nem nunca será. Pelo simples motivo que não quero, nem faço a menor tenção de o vir a ler! 
Tenho a certeza que lá estará escrito muita verdade, mas é impossível um livro deste género não ser tendencioso. 
Todavia, o motivo que me leva a escrever este post, é a minha luta constante contra a tentativa de suprimir a liberdade de pensamento e expressão na Madeira. 
O lançamento deste livro foi mais uma prova do "Regime do Medo" que o Jardinismo faz imperar na Ilha. 
Faria todo o sentido que este livro (que versa sobre a Madeira e que gira em torno do Presidente do governo Regional e sua trupe) fosse primeiramente lá divulgado. Mas por uma estranha infeliz coincidência... foi adiado por "indisponibilidade de espaço". Tendo alguns locais confirmado e depois vindo a desmarcar... outros inviabilizaram imediatamente a proposta. 
Desconheço se entretanto já foi possível fazer uma apresentação pública do mesmo. Mas enquanto estive lá de férias, cheguei a vê-lo à venda na  Fnac e na Bertrand... e mesmo assim, só depois de ter sido apresentado publicamente em Portugal Continental...! 
Este desrespeito pela liberdade já passou todos os limites! Se era patente a censura na Madeira com a história do Diário de Noticias da Madeira... a dificuldade no lançamento deste livro é ainda pior! É o sinal claro que Jardim não só controla a comunicação social...como consegue através do medo, fazer o mesmo com o povo!
Como é que deixamos isto chegar até este ponto?
A Madeira vive sob um regime totalitário, que não só o consentimos, como o elegemos consecutivamente!
É só a mim ou isto não faz o menor sentido?
Quanto mais tempo vão os madeirenses sujeitar-se a isto?
O que mais será preciso este senhor fazer, para lhe apontar-mos o caminho da reforma? (ou melhor dizendo...DAS reformas)...
Está mais do que na hora! Vejam o estado em que está a nossa Ilha hoje em dia!! Relembrem o que era a Madeira a uns anos atrás! 
É muito fácil administrar um território quando o dinheiro não é nosso... e quando ele existe em quantidade para o fazemos!
Ao fim de 32 anos, muitos milhões deram entrada na Madeira, e que foi feito desse dinheiro? Desenvolvemos as vias de acesso, é verdade...mas que relevância tem isso se nem conseguimos sobreviver sozinhos! Já não se pesca, numa terra que tem mar por todos os lados! Matou-se a agricultura e produção de gado, pouco produzimos para ter receitas a não ser do turismo... 
Regionalismo é muito bom, senhor Presidente...mas com a "mama" do Governo da Republica e com os financiamentos da UE! 
Assim, qualquer um fazia o que o senhor fez! 

Até breve**

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vejo o mundo através de ti


Escrevo-te para contrariar a tendência de já ninguém escrever cartas de amor como nós.
Todos os dias procuro-te na minha solidão. E vivo-te na minha saudade, sabendo que para além dela está também a tua.
Partilhamos a mesma alma.  Um bocado de mim que descobri-a por acaso de um destino, em ti. A outra parte que encaixa na minha.
O mar que ambos amamos, e que tantas e tantas vezes foi cúmplice e testemunha do nosso amor é hoje sinónimo de nosso sofrimento.
Afogo a tua ausência nas entranhas do meu corpo e instintivamente dou por mim a recolher as mãos de encontro ao peito e a pressiona-las sob o meu coração pequeno e apertado.
A tua recordação faz este meu órgão pulsante bater violentamente.
Suspiro...
Suspiro fundo e demoradamente com esperança de libertar as correntes que sufocam-me minha alma saudosa de ti.
E procuro-te, em casa sílaba que escrevo, em cada virgula, em cada espaçamento de tempo entre as tuas palavras. Por entre cada extensão do teu olhar, que busco prender dentro do meu. Por entre cada respiração nas pausas de um beijo.
Procuro-te, no sentir de cada recanto teu quando fecho os olhos. E tenho-te por instantes perto de mim. Tão perto que vejo o trajecto das tuas mãos segurar nas minhas. E Ouço a tua voz suave e rouca junto do meu ouvido, sussurrando um "quero-te", num sopro desfeito de um "amo-te" ... que tanto assusta-te dizer... que eu tanto quero ouvir.
Procuro-te, em cada manhã cinzenta e chuvosa. Em cada final de tarde, em que recordo todas as vezes que o contemplamos juntos, abraçados ao corpo um do outro em silêncio cúmplice. 
Procuro-te em cada noite que deito-me sozinha, numa cama que sem ti é um deserto demasiado grande.
E sinto-me pequena. Infinitamente pequena nesses momentos.
Recorro à lembrança de teu sorriso para adormece E é no teu ombro que adormeço todas as noites.
Procuro-te, nas pedras que piso e que choram pelos passos intervalados dos meus longos dias sem ti.
E nas paredes da minha alma arranhada pelo desejo, que sufocam as palavras que mais ninguém ouve, e mais ninguém sente para além de nos.
Procuro-te, e é entre todos os meus silêncios distantes que em ecos impelidos pela memória, a tua presença acontece. E és novamente meu.