quinta-feira, 14 de abril de 2016

Requalificação do antigo Matadouro do Porto


Ora aqui está uma notícia que faz esta menina insuflar de alegria! O antigo Matadouro da Campanhã vai ganhar novamente vida, vinte anos depois de ter sido desactivado. Este edifício que ocupa uma área de terreno de 29000 m2 viu o seu projecto aprovado em 1910, entrando em funcionamento em 1932. É um daqueles "monos" da cidade que sempre me fez imensa impressão ver deixado ao abandono, degradando-se dia para dia um bocado da história da Invicta.
A apresentação do projecto de requalificação foi feita hoje na 21ª Trienal de Artes, Design e Arquitectura de Milão. 


Este é dos principais motivos pelo qual sou tão fascinada pela cidade Invicta. Não se destrói edifícios históricos, reconstoi-se, requalifica-se. Faz-se renascer, devolvendo à cidade e à população a tarefa de lhes dar novamente vida.
É assim que uma cidade deve crescer, de dentro para fora. Mantendo-se fiel às suas origens, preservando a sua história, num equilíbrio harmonioso entre o "bairrista" e o contemporâneo.

"O antigo Matadouro irá comportar uma "Área de Empresas Criativas e Tecnológicas" nacionais e internacionais; o "Museu da Indústria", com um pólo central e outro disseminado por vários espaços; uma valência dedicada à "Arte e Comunidade", coordenada por agentes multidisciplinares que desenvolvam práticas em áreas sociais e artísticas, em articulação com o tecido social de Campanhã.
Terá, também, a valência de "Reserva de Arte Contemporânea", dando resposta a necessidades de espaço de reserva por parte de colecionadores e artistas do Porto; irá conter uma "Nave-multiusos" preparada para acolher diversos tipos de apresentações, desde conferências, cinema ou eventos sociais; um "Laboratório de Gastronomia", projeto que combinará uma dimensão exploratória da gastronomia atlântica com práticas de lazer e consumo.
O equipamento vai ainda incluir "Estúdios Média e Audioviosual" para produção e gravação nas áreas do cinema, rádio, televisão e música, com espaços para arrendamento comercial e outros vocacionados para projetos pedagógicos emergentes.
Outra das valências alocadas será destinada às "Artes e Ofícios Tradicionais", que incluirá, por exemplo, locais de trabalho para encadernadores, estofadores, carpinteiros e outros artesãos.
Terá, também, um "Pólo de Desporto", com uma área desportiva coberta composta por um campo multiusos e respetivas instalações de apoio e, a terminar, uma valência de "Residências Artísticas, com estúdios que incluem uma área de residência e de outra de apresentação pública destinadas a artistas nacionais e estrangeiros." 

Podem consultar mais sobre este projecto AQUI
Orgulho, muito muito orgulho desta cidade!
Até breve**

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Perdoa-lhes Porto!



"Melhor destino Europeu em 2012 , em 2013 não pudeste concorrer devido á distinção anterior, mas recuperaste o título em 2014. Mas esta é apenas uma gota no leito do teu esplendoroso Rio Douro. Em 2015 um dos jornalistas mais reputados do "New York Times" visitou Portugal e ficou encantado com o Algarve, rendido a Lisboa mas salientou o amor e a magia únicas que sentiu ao visitar-te e ao explorar cada canto teu. Salientou a simpatia e a hospitalidade das tuas gentes ,a tua sofisticação, a tua segurança e os teus preços. Sim, a ti Porto. Em 2016 o "New York Times" sedento de saudades voltou a visitar-te e a lançar um roteiro completo sobre como aproveitar ao máximo cada minuto de magia nas tuas ruas, nas tuas calçadas, na tua essência. Em ti, vive uma das 10 livrarias mais belas do Mundo, uma das 10 mais belas estações de caminhos de ferro do Mundo, o 4o melhor aeroporto do Mundo, enfim, tornaste-te no teu próprio Mundo. Ao longo dos dois últimos anos tive o privilégio de conhecer bastantes turistas ou estudantes de Erasmus que por ti se passeiam, e todos por ti se derretem. Nos últimos anos o teu crescimento como grande metrópole Europeia faz de ti hoje o destino mais procurado neste pedaço de terra á beira mar plantado.


Mas, sabes meu Porto, a história exigiu que tu e as tuas gentes que se tornassem subservientes de uma ditadura. Uma ditadura a quem passaram a chamar democracia em Abril de 1974, onde se substituíram balas por cravos na ponta das espingardas e num show de transformismo passaram a chamar-lhe "liberdade". Como eu te reconheço toda a inteligência e a sagacidade dos audazes, ambos sabemos que continuas a ser escravo de um centralismo em prol de um país que não te merecia ter. Há poucos anos, aqueles que te dão vida, eram o segundo povo mais pobre da União Europeia dividindo-a em regiões. Esses abutres do elitismo da capital, aquele elitismo foleiro de provinciano a tentar falar com voz de tia, diariamente passam uma imagem totalmente falsa daquilo que te faz respirar. Exibem uma cidade violentíssima (tantas vezes ja percorri as tuas ruas de madrugada e nunca nada aconteceu) carregada de criminalidade e de quase terror citadino , um povo atrasado ,procurando o maluquinho pobre que dá de comer ás pombas na Batalha ou um homem amargurado com a vida carregado de vinho no bucho para falar para a televisão de forma a transmitir um atraso mental complexo em ti, ou transformando esse teu sotaque tão belo e único numa espécie de paródia nacional quando na capital se fala como se existissem duas pregadeiras nos cantos da boca.

Tornaste-te maior do que aquilo que deverias e puderias ser, tornaste-te aquilo que jamais as mentes bacocas lá de Marrocos seriam capazes de permitir. O teu povo, sim, o teu povo, trabalha para pagar pelos pecados cometidos por aquela gente sem escrúpulos, sedenta de poder e de desrespeito pelos ideais que prometeram respeitar. Hoje, começas a ser censurado ... A transportadora aérea Portuguesa começa a cortar as ligações aéreas até ti, o Turismo de Portugal não gasta os mesmos milhares de euros para te promover da mesmo forma que promove o "Allgarve" (levaram a questão do marroquino ao máximo) ou as sete colinas da sua bandeira, a sua capital , a sua obra prima. Serás perseguido , serás rebaixado, serás ridicularizado, numa tentativa clara de esmorecer a paixão e o amor que despertas pelo Mundo, mais do que qualquer outra cidade Portuguesa.

Mas o mais curioso de tudo, o mais curioso de tudo é os livros de história chamarem-te a "Cidade Invicta". Por favor, algum catedrático que corrija esse erro catastrófico na forma como se ensinam as crianças, pois não foste a cidade Invicta, és a Cidade Invicta e pela frente terás um sem número de batalhas que certamente fortalecerão esse teu estatuto, pois por mais que tentem, nada te derrubará e é por isso é que os deves perdoar, pois sem as tentativas de te derrubar o teu titulo Invicto seria aí sim, um pedaço de história ..."



Texto escrito por João Silva, publicado  
Aqui 

Estas palavras são escritas por alguém que a Invicta enfeitiçou, tal como o fez comigo. Palavras belas e duras que não fogem um milímetro à verdade. Este é o texto que eu teria gostado de escrever sobre o Porto. É um amontoado de palavras para ti Porto e para todos os que te amam. 

Até breve**  

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016


Não seriam perfeitos os nossos dias se pijama polar com ursinhos cor-de-rosa fosse considerado sexy, se recebêssemos a Segunda-Feira com o mesmo entusiamo que sentíamos quando eramos crianças e íamos fazer uma visita de estudo e se final de férias não fosse deprimentemente doloroso?
Não seria a vida perfeita se vegetais soubessem a chocolate, se fast food não fizesse mal à saúde e se doces não engordassem?
Não seria tudo muito mais simples se as mulheres não fizessem tanto drama e os homens fossem menos confusos?
Mas perfeito, perfeito mesmo, seria se as despedidas significassem apenas "Até amanhã".

 

domingo, 3 de janeiro de 2016

A isto eu chamo "um luxo"! Passagem do Ano na Madeira!


Foi assim que começou o meu 2016! Nesta ilha belíssima, com temperaturas de fazer inveja a qualquer um que cá não esteja e junto daqueles que mais aquecem o meu coração.
Cada vez tenho mais forte em mim a convicção que ter nascido madeirense é um luxo que a vida me concedeu. E poder começar assim o ano, é uma emoção difícil de explicar a quem não tenha nascido neste bocado de terra.
É algo que faz parte de nós. Naquelas cores que explodem nos céus está bem mais do que luz. Em cada um daqueles disparos coloridos está o nosso orgulho de ilhéus. A vaidade exacerbada de recebermos milhares de visitantes que vêm festejar connosco. 
É também uma forma de devolver graciosamente em jeito de bofetada de luva branca a todos aqueles que nos tentam diminuir. É a nossa forma de dizer a Portugal continental... e ao mundo: Somos uma ilha portuguesa, pequena em tamanho, mas apesar da nossa pequinês somos a melhor do mundo!
Picardias de madeirense "ressabiada" à parte, não entrei em 2016 com o pé direito nem tão pouco com o esquerdo. Recusei-me a comer as 12 passas, não dei pulinhos, nem usei uma cor de lingerie particularmente escolhida para a data.
Entrei no novo ano com os dois pés bem firmes no chão, o coração a transbordar de amor e com uma certeza violenta que este será um grande ano!
Recebi 2016 de espírito aberto, com as "gavetas" do ano transacto devidamente arrumadas e em paz comigo e com os outros. Usei o meu sorriso favorito, aquele que uso diariamente e que expressa o meu positivismo e alegria no presente. E insuflei o meu peito com uma esperança inabalável no futuro.
Estejam certos que não existe inocência nenhuma em mim, apesar do que escrevo. Não tenho a ilusão de que será tudo cor-de-rosa, que uns pozinhos de perlim pimpim e está tudo resolvido.
O que me recuso a fazer é ajudar a Vida a complicar os meus dias. Quando os problemas aparecerem, cá estou para os resolver. Não os procuro, mas não só não fujo da luta, como me orgulho de a fazer transpirar.
Acredito talvez infantilmente que se hoje o dia não correu bem, amanhã será certamente melhor.
Se é verdade que o positivismo já foi para mim uma forma de me refugiar da minha realidade, hoje é uma filosofia de vida. Pode não resultar para todos, para mim, foi uma escapatória que salvou-me a vida e que hoje ajuda-me sobreviver dia após dia.
 
Feliz Ano Novo!!!
 
Até breve**
 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

01-01-2016

 
 
Queridos amigos, fieis e condescendentes seguidores, pessoas lindas e com bom gosto que visitam o Atreve-te a Sonhar, que 2016 seja tudo aquilo que vocês ambicionam.
Desejo que este Ano seja saboroso como um gelado em pleno pico do Verão, tranquilo como um dia de Outono e desafiante e aventureiro como só a vida sabe ser!
Que não faltem momentos vividos em plenitude, amigos com quem os partilhar e família para os tornar perfeitos. Que os sorriso sejam regra, que o positivismo vire obrigação, que as viagens não fiquem só nos planos e que os reencontros passem a ser prioridade.
Que abunde trabalho, que dê para poupar uns tostões e que a saúde seja generosa com o nosso corpo. Que o amor seja uma constante e que a paixão invada os nossos dias de vivacidade e cor.  
 
Resumindo é simples amigos, procurem a felicidade nas coisas pequenas do dia-a-dia. Não a transformem numa realidade futura, sejamos feliz hoje, porque é no hoje que existimos. Invistam em finais felizes e em tudo o que vos fizer bem.
 
Feliz 2016
 
Até breve**


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Hum e tal, é finalmente Natal


Queridos amigos,
o Atreve-te a Sonhar, vem desta forma espirituosa desejar-vos um Feliz Natal! Aproveito para relembrar humildemente ao Pai Natal, ao menino Jesus, ao Baltazar, ao Gasparzinho e sem esquecer o simpático Belchior que fui incrivelmente benévola e magnânima ao longo de todo este ano que está a findar.
Portanto, chegou a hora de ter uma conversa de monumental importância, sobretudo com o velhinho mais amoroso do Natal.
Como recompensa pelo meu extraordinário esforço quero o seguinte: Saúde e dias felizes recheados de inúmeras conquistas para todos aqueles que me são queridos ao coração. 
Simples, não é? eu sou assim contida, razoável... violenta, agressiva e malévola quando contrariada.
Só para que não surjam equívocos, oh gordo de fato vermelho se me deixas um par de meias no sapatinho em vez do que te pedi, incendeio-te as barbas, sequestro-te as renas e  ponho-te a fazer a dieta "Low Carb" até caberes num 34... e se tentas fazer queixinhas ao menino Jesus denuncio aos Jihadistas que os teus duendes são assinantes fieis do Jornal Charlie Hebdo...

Feliz Natal!!!!!!
Até breve**

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Amiga Genial - Sugestão Literária de Dezembro


Olá amigos,

A Amiga Genial é o primeiro volume da tetralogia criada por Elena Ferrante, todavia, ninguém sabe ao certo quem é Elena Ferrante. O que se sabe é que este nome é um pseudónimo que encobre em mistério a real identidade da genial escritora que magistralmente escreveu estes livros.
Sabe-se apenas que é de Nápoles, que se formou em Estudos Clássicos, traduz, ensina e é mãe. Só aceita entrevistas escritas, onde discute somente o processo criativo da sua obra.
Este livro foi-me recomendado por uma das pessoas mais cultas no âmbito literário que conheço. Só de a ver encantada com ele, a ponto de me recomendar, foi mais do que suficiente para o querer devorar o mais rapidamente possível. Muito ao género dela, recusou-se a levantar um pouquinho do véu sobre o seu conteúdo e o mistério em volta da escritora (o que só me espicaçou mais).
Acabei de o ler ontem e hoje já comecei no II volume. Dizer-vos que a-d-o-r-e-i é pouco. Mesmo muito pouco para a magnitude da história criada por esta mulher.
Quanto à qualidade da sua escrita, oh é deliciosa. Ler Elena Ferrante é como lambuzarmo-nos com o nosso doce favorito mas acompanhado com uma limonada muito pouco adocicada. As personagens são inesquecíveis, descritas de forma crua, nada romanceada. É como se fosse a mão de uma criança inocente e, porém, maldosa a dar vida a estas personagens.
A escrita honesta de Ferrante, choca por conter uma violência sem comedimento, no entanto tem a capacidade de encantar desmesuradamente. Acompanhar a evolução das suas complexas personagens é um deleite.
Esta tetralogia é a história de vida de duas amigas. Começa com este livro em que Ferrante nos apresenta Lila e Elena aos 6 anos. O enredo desenvolve-se no cenário italiano do Pós-guerra, ou seja, segunda metade do século XX, em Nápoles, mais concretamente, num bairro extremamente pobre, onde a violência é a regra do dia. 
Temas como a corrupção, a Camorra, submissão das mulher aos homens, medo, miséria, abandono escolar, ignorância, preconceito, amizade, coragem e lealdade encontram-se todos misturados ao longo destas viciantes páginas.
Logo no prólogo ficamos a saber que aos 66 anos Lila decide desaparecer, porém, esta não quis apenas sumir sem deixar rasto. O seu objectivo é apagar a sua pegada na vida como se nunca tivesse existido. Nem um só fio de cabelo deixou para trás.
Na tentativa de contrariar a amiga neste empreitada, de continuar a prolonga-la ao longo do tempo, Elena começa a escrever a sua história. A história de ambas.
A escrita funciona desta forma como uma alternativa de eternizar o que a vida não foi capaz de manter, uma forma de garantir a permanência das pessoas e das lembranças construídas a partir das suas vivências.
Este livro é daqueles que vale a pena oferecer a alguém que vos aqueça o coração intensamente. Não é de difícil leitura, porém, recomendaria para um leitor "médio".
Espero que a história de Lila e Elena vos encante tanto a vós como a mim.
Até breve**

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Somos Ouro

 
 
  
 E o Óscar de Melhor Destino Insular do Mundo foi... para a Madeira!!
Olá amigos,
estou que mais pareço um peixe balão insuflada de tanto orgulho.
Este foi um Ano maravilhoso para a minha ilha. 2015 marca definitivamente a glória e esplendor da Madeira quer a nível europeu, quer mundial. Não só ganhamos pelo terceiro ano consecutivo o Prémio de Melhor Destino Insular da Europa, como pela primeira vez trouxemos para casa o "óscar" de Melhor Destino Insular do Mundo!!!! Isto é um orgulho não só para todos os madeirenses como para o nosso lindo País!
"Bali, Barbados, Maldivas, Maurícias, Seychelles e Zanzibar são alguns dos melhores lugares do mundo em termos de turismo quando a escolha recai sobre um destino insular. No entanto, apesar de serem mundialmente conhecidas, estas ilhas não chegaram ao pódio dos World Travel Awards. A edição de 2015 decidiu eleger a Madeira como a grande finalista na categoria de World's Leading Island Destination". In Público.
Palavras para quê? Somos Madeira, somos Ouro!
Pequena farpazita... desculpem mas não resisto... caros portugueses de Portugal continental que enchem a boca para dizer que a Madeira devia ser vendida, que se deveria dar àquele bocado de rocha independência, que nos atiram constantemente à cara que só damos despesa.... aqui está a resposta para todos vós!!!
Até breve** 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Sugestões para o Fim-de-Semana


Olá amigos,

estamos no último mês do ano por isso mais vale aproveitar o que resta de 2015 da melhor forma possível! Sendo Sexta-Feira, deixo-vos a já habitual crónica de sugestões para o Fim-de-Semana. Tudo indica que apesar do friozinho este vai ser solarengo, por isso alegria minha gente!
 
Aqui estão elas:
 
 
The Yeatman – Christmas Wine Experience (Sábado e Domingo)
 
Pelo quinto ano consecutivo, o Christmas Wine Experience, o evento vínico mais exclusivo de Portugal, chega ao The Yeatman, nos dias 5 e 6 de Dezembro.
Este evento de dois dias, oferece a oportunidade de provar mais de 100 dos melhores vinhos do país, relaxar na área especial de spa, visitar o Bazar de Natal e de provar os petiscos do Chef Ricardo Costa.
 
(Não é um programa baratinho...) Mais informações sobre este evento na página do Facebook do Yeatman.
 


 Porto XMAS Lazy Sessions (Domingo)
  
As Lazy Sessions estão de volta!!!
 
Depois destas terem animado o Verão no Jardim das Virtudes, as Lazy Sessions estão de regresso, desta vez na Baixa para três edições especiais junto à Árvore de Natal da cidade.
 
Não percam nos dias 6, 13 e 20 de Dezembro, na Avenidas dos Aliados, das 17h30 às 19h30.




Christmas Sensations Market
 
 
 O “Sensations Market” não é só um dos muitos mercados que se encontra nesta altura, é assim um bocadinho mais especial. É uma experiência dos sentidos pela descoberta de produtos inovadores, aliado a provas de vinhos e gastronomia, passando pela moda como factor tendência e pela qualidade das artes perfomativas.
 
Local: Rua da Lionesa, 446, Leça do Balio
Horário: 11:00 - 19:00 (Entrada é gratuita)
(Sexta e Sábado)
 
 
Lovers & Lollypops (Sábado)
 
Aldeia é o nome escolhido pela Lovers & Lollypops para a festa do seu décimo aniversário, celebrado no próximo sábado, dia 5 de Dezembro. As portas da Antiga Casa Moura, junto ao Douro, abrem às 14 horas, antecipando uma maratona de concertos que só termina de madrugada.
Além da música, o Aldeia terá uma zona de alimentação, um espaço de convívio e um mercado com edições e merchandise da Lovers & Lollypops a preços de saldo.
 
Os bilhetes para a festa, apoiada pela PortoLazer na divulgação, estão à venda AQUI
 
 
 
Feira Franca de Natal  (Sábado e Domingo)
 

Esta será a 53ª Feira Franca, que esta ano conta com o nome “Depressa e Bem na Feira Há Quem”!
Vai encher como de costume o Palácio das Artes de novidades criativas e com cheirinho a Natal.
Esta é das minhas feiras de Natal favoritas, é ideal para comprar prendinhas originais, objectos diferentes para todas a idades e géneros, elaboradas com design por artistas.
 
A entrada é gratuita, e se não conhecem o Palácio das Artes, não percam mesmo esta oportunidade. É um edifício belíssimo!
 
Este ano estarão presentes 40 jovens criadores. Os preços do que por lá irão encontrar costumam ser simpáticos mas tenham em atenção que esta feira não é uma "feira de rua".... são peças de artistas. Porém, também não se assustem, há coisas para todos os bolsos.



Artesanatus (Até dia 23 de Dezembro)

A feira "Artesanatus" regressa novamente este ano à Praça D. João I. ADORO esta feira! Quase todos os anos faço lá alguma das minhas compras de Natal!
Esta vai estar aberta todos os dias, a entrada é livre.
Horário: Domingo a Quinta-Feira, entre as 10 e as 20 horas, e às Sextas e Sábados, das 10 horas à meia-noite.
Lá podem encontrar milhares de produtos nacionais exclusivos, feitos à mão por unidades produtivas artesanais legalmente reconhecidas.


Comic Con Portugal (Todo o Fim-de-Semana)

A segunda edição da Comic Con Portugal vai decorrer entre sexta-feira e domingo, voltando à Exponor, em Matosinhos, com mais espaço do que no ano passado.
O cartaz conta com nomes como John Noble, actor de “O Senhor dos Anéis” e de séries como “Fringe”, vários membros do elenco da série televisiva “Teen Wolf”, Nathalie Emmanuel, que interpreta Missandei em “Guerra dos Tronos”, para além de painéis dedicados a filmes como “O Leão Estrela” e o “O Amor é lindo… Porque sim!”.
 
 
Espero que gostem das sugestões
Divirtam-se e...

Até breve**
 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Servidão Humana" - Sugestão Literária de Novembro

Olá amigos,

estamos no último dia do mês, ainda assim, não esqueci de vos deixar uma sugestão literária. Agora que os dias estão a convidar ao recolhimento e que estamos numa época de reflexão, achei esta obra perfeita para vos aquecer o coração.
Li-o no início do ano e tenho a declarar que não só é dos melhores livros que li este ano, mas um dos melhores que me passou pelos olhos até hoje.
Foi publicado em 1915, e é a obra-prima de Somerset Maugham, considerado um dos maiores técnicos do romance da língua inglesa.
Ler "Servidão Humana" é fazer uma viagem pelas profundezas da alma dos Homens. Enganam-se se pensam que esta será uma viagem árdua e penosa. Pelo contrário, apesar da seriedade dos temas que aborda, é uma leitura agradável e até divertida tal é a forma singela e objectiva como Maugham escreve.
Porém, está muito longe de ser um "livrinho do género Light". Isto é uma obra de arte literária sobre a concepção do homem com a vida e da sua necessidade de ser servo... se não de alguém, dele mesmo.
Versa sobre dois temas que me são muito queridos, a liberdade e a felicidade. Para Somerset estes são dois conceitos frequentemente incompatíveis.
Somos livres de procurar ser felizes, todavia, isso leva-nos a uma busca interminável em que acaba por se transformar a própria vida. Ou seja, a liberdade de procurar ser feliz faz com que a procura se eternize numa busca incessante. E quase nos esquecemos de viver.
Vivemos em busca de um ideal, transformamos a felicidade numa realidade utópica inacessível, quer nos demos conta disso, quer não. Vivemos em função de um futuro e, a verdade é que esquecemos diariamente do presente.
Este é para mim dos maiores erros que cometemos enquanto seres humanos. Erro esse ao qual também às vezes insisto em prevaricar, apesar de pregar sobre ele a quem quer que tenha paciência para me escutar. É o típico, faz o que eu digo, não o que eu faço... shame on me...
É sobre este conflito que vive a alma atormentada da personagem principal deste livro. O grande problema de Philip era a obsessão de viver no futuro. A dicotomia futuro/liberdade em oposição ao amor/presente. Estas dualidades resumem os seus conflitos emocionais e, talvez, os grandes conflitos de qualquer um de nós.
 
Talvez o sentido da vida se encontre algures entre o amor e a liberdade…
 
Espero que gostem. Este é mesmo muito especial!
 
Até breve**
 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sugestões para o Fim-de-Semana


Olá amigos,
 
fim-de-semana está à porta e apesar do frio que já vai tornando as noite ao ar livre pouco convidativas, este promete ser recheado de eventos muito apelativos. Aproveitem os próximos dias porque li algures que no Domingo as temperaturas mínimas vão descer entre três a cinco graus! (Imaginem o meu choque ao ler esta notícia.)
 
Tenho para vocês alguns eventos deliciosos:
 
Natal chega à Invicta  (Sexta-Feira)
 
Falta menos de um mês para o Natal e hoje o Porto vai encher-se de luz! É verdade, as iluminações natalícias que enfeitam mais de 40 ruas e praças da cidade vão acender-se hoje. O momento será assinalado na Avenida dos Aliados, às 21h30, junto da já tradicional árvore de Natal. Este momento simbólico será acompanhado por fogo-de-artifício, seguido de um concerto dos Retimbrar e abertura da pista de gelo que ocupará a placa inferior dos Aliados e contribuirá para as nódoas negras de pequenos e graúdos, até 27 de Dezembro.
 
 
Todos ao Axa (Sábado)
 
Este é o evento do Fim-de-semana! Para assinalar a devolução do Edifício AXA aos seus proprietários, a PortoLazer vai organizar uma festa de encerramento no dia  28 de Novembro, Sábado, que se prolongará por 12 horas consecutivas, entre as 16h00 e as 04h00 e se espalhará ao longo dos 7 pisos do edifício.
O programa incluirá concertos (alguns nas varandas do edifício), DJ sets, instalações (no interior e na fachada), performances, oficinas, workshops e várias outras surpresas, dentro e fora de portas. Aqui podem consultar o programa.
 
Up Street Porto (Sábado e Domingo)
 
Regressa também o Up Street Porto, mercado que junta obras e a presença de mais de 20 artistas de street art e da ilustração. Este mercado é uma mostra de irreverência, arte e cultura urbana, onde vários artistas vão expor o seu trabalho e contagiar os visitantes. Esta edição vai realizar-se no Edifício Montepio, também nos Aliados, e estará aberto no Sábado 28 de Novembro entre as 16h e as 00h, e no Domingo 29 das 16h às 23h.  Mais sobre este evento Aqui.

 Black Friday (Sexta-Feira)
 
Para alguns a melhor Sexta-Feira do ano, este evento americano já virou moda por cá! As promoções, em algumas lojas chegam aos 75% de desconto. Loucura. Não é muito o meu género de evento, demasiada confusão para o meu gosto e aquela demência consumistica faz-me um pouco de espécie. Ainda assim, é uma excelente oportunidade para fazer as compras de Natal para os nossos queridos.
Nem eu devo resistir a dar um saltinho a uma ou loja que já tenho em mente!  Mais sobre este evento Aqui.

Circo Voador  (Sexta-feira)

“Uma viagem onírica através do tempo e do espaço, onde as várias dimensões da arte — música, fotografia, vídeo e pintura — se fundem”.
Com esta descrição este evento conquistou a minha atenção e curiosidade. Vai realizar-se no espaço Plano B, esta noite, Sexta-feira e a entrada custa 5,00 euros.  Mais sobre ele Aqui ou na página do facebook do Plano B.

Temos ainda este fim-de-semana: Feiras/Mercados

Mercadilho dos Clérigos: (Sábado) Local: Rua de Cândido dos Reis. Horário: (segundo e último Sábado de cada mês) das 10h00 18h00;

Mercado Porto Belo: Mercado de Porto Belo tem lugar todos os Sábados na emblemática Praça Carlos Alberto, situada no centro do Porto, das 10h00 18h00;

Urban Market:  A acontecer nos dias 27,28 e 29 de Novembro, na belíssima Praça das Cardosas, das 11:00 as 19:00;

Mercado de Artesanato do Porto: Local: Praça Parada Leitão e nas traseira da Reitoria da Universidade do Porto. Decorre sempre aos sábados, das 10 às 18 horas;

Mercado Porto.come: Onde durante os próximos três dias, de 27 a 29, podem provar petiscos e vinhos, ver especialistas a cozinhar e comprar produtos regionais. Local: Alfândega do Porto.
Horário:Sexta-feira, 27: das 15 horas à meia-noite; Sábado, 28: do meio-dia à meia-noite; Domingo: do meio-dia às 21 horas;

Não percam por fim a oportunidade de visitar:


Esta é uma exposição desenvolvida num espaço de reconhecido valor histórico/arquitectónico onde poderemos conhecer as últimas criações dedicadas à arte de viver – arquitectura, design, artes decorativas, antiguidades, arte contemporânea…
Para além da exposição propriamente dita, encontram-se abertos ao público espaços de restaurante, coffee lounge e wine bar. Estes espaços são individualmente desenvolvidos por arquitectos/designers/marcas convidados, representativos da melhor capacidade criativa nesta área no âmbito de um ambiente global que proporciona ao visitante uma experiência envolvente.

Termina dia 29 de Novembro!!! No n.º 18 da Rua Nova da Alfândega, entre as 12h30 e as 22h30, e tem entrada livre!

Ufa que trabalhei! Quem é amiguinha, quem é?!

Por agora é tudo! Aproveitem e divirtam-se!

Até breve**
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Insólito processual


Olá amigos,

todos nós que lidamos diariamente com o Direito deparamo-nos com insólitos algo frequentes protagonizados por magistrados, porém, este vindo do Brasil é uma pérola criativa.
Consta, segundo notícia do JN, que um juiz brasileiro por impossibilidade de contactar um sujeito pelas vias legais para que este comparecesse em juízo, decidiu notificar a dita criatura através da aplicação WhatsApp!!
Malabarismo este que providenciou ao magistrado a prova de que o Arguido foi regularmente notificado, dado que este visualizou a mensagem... servindo essa recepção/visualização como prova.

Adorei! Sugestão ao legislador: Próxima alteração do CPP, artigo 113.º:

1 - As notificações efectuam-se mediante:

a) Contacto pessoal com o notificando e no lugar em que este for encontrado;
b) Via postal registada, por meio de carta ou aviso registados;
c) Via postal simples, por meio de carta ou aviso, nos casos expressamente previstos;
d) Editais e anúncios, nos casos em que a lei expressamente o admitir.  
...
f) Caso nenhuma desta formas resulte, é possível ainda como meio de notificação, sinais de fumo, uso de pombo correio, estafeta, Facebook, Viber, Whatsapp, Linkedin etc, mensagem numa garrafa, ou qualquer outro meio de comunicação desde que se verifique que a notificação foi recebida.

(Se a moda pega por cá, já estou a ver os constitucionalistas todos de cabelo em pé... isso para não falar nos ilustres penalistas hahhahhaa )

Até breve**

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Falta um mês para o começo do Inverno mas o frio gélido já chegou!

E vem cheio de saudades...
 
Olá amigos,

parece que o Verão de S. Martinho já bateu retirada e em vez dele chegou o primeiro nevão do ano... o mesmo é dizer que está um friozinho gélido e que por muito anos que viva cá no Norte, jamais vou aprender a apreciar.
Qualquer temperatura de um digito para o meu sangue madeirense é sinónimo de sofrimento. E não me venham cá com histórias da Carochinha sobre a beleza da neve nas serras, noites passadas à beira da lareira e romantismos invernais que não me convencem. Isto de andar feito novelo de lã, definitivamente não é para o meu esqueleto!
Porém, apesar de não simpatizar com passar o dia com tremeliques de frio e de andar vestida a imitar o bonequinho da Michelin, esta é a altura perfeita para abracinhos apertados que aquecem o corpo e a alma, para usar e abusar do chocolate quente, para tardes de sábado esticadinha no sofá com um bom livro e uma caneca de café por companhia. E... claro.... para me empanturrar de bombons Raffaello que são os doces mais m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s do mundo e que só estão à venda no Inverno!!!
 
Por isso coragem amigos e pensamento positivo que nas coisas menos boas existem sempre coisinhas deliciosas para se apreciar!
 
Até breve**
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vidas diferentes


Olá amigos,

à uns tempos atrás, na altura em que tinha o blogue em pousio, publiquei este texto no facebook, porém, agora que regressei, não quis perder a oportunidade de partilhar também aqui esta história. História essa que contínua a cativar o meu coração e a fazer coceirinha na minha curiosidade.
Já não é a primeira vez que me cruzo nas ruas do Porto com este homem. Desconheço a sua origem e história, sei apenas que é estrangeiro, que se faz acompanhar por uma marioneta e que a faz dançar ao som do que me parece ser uma caixa de música!
Ontem encontrei-o acompanhado por este pequeno raio de luz de cabelos doirados e olhos de mar, que presumo ser sua filha. Enquanto ele fazia a sua arte, ela encontrava-se confortavelmente sentada no chão, completamente alheada do burburinho citadino, a colorir um livro de desenhos. 
Entretida num mundo só dela, transmitia uma tranquilidade de plenitude e felicidade que era palpável! Este quadro fez-me parar durante uns minutos para os observar, todavia, continuei com eles muito tempo depois no pensamento.
Afinal, do quanto precisa realmente uma criança para ser feliz? Porque não duvidem, aquele raio de luz na simplicidade deste quadro que acabei de vos descrever, sem o que me parece possuir todos aqueles excessos que o consumismo nos faz acreditar serem essenciais para o desenvolvimento de uma criança, estava feliz. Serenamente feliz. Ela, uns singelos lápis de cor, um livro para colorir e o pai por companhia. Pareceu-me estar saudável, a brincar, a sua felicidade era evidente e sentia-se (estou  certa disso) segura.
E agora pergunto eu, não é isto que merecem todas as crianças? Quer-me parecer que mais do que isto é óptimo, com moderação claro, mas não deixa de ser acessório.

Até breve**
 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

13-11-2015


" Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo não veem." 

José Saramago, em Ensaio sobre a Cegueira 


Sobre os atentados em Paris, muita coisa me apetece escrever sobre a natureza do Ser Humano... sei que seria um texto extremista a destilar intolerância e ódio. Sei, porque é isto que estou a sentir. Todavia, porque me recuso a deixar que os terroristas plantem no meu coração estes sentimentos, opto por me remeter ao silêncio. 

Liberdade, Igualdade e fraternidade.

Por hoje é tudo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Why So Serious?

 
"Let´s put a smile on that face"
 

Em relação à palhaçada situação política que se vive actualmente no nosso País... muita coisa se tem escrito, exaustivamente debatido, analisado e esmiuçado ao mais ínfimo detalhe e eu  poderia, muitíssimo bem, deixar-me levar por esta espiral.
Aliás, vocês sabem que sou menina para juntar-me feita soldadinho de chumbo enraivecida e marchar destemidamente ao lado deste rol de gente prodigiosa, transbordante de cultura e de intelecto desmesurável. Ah e claro, sempre prontamente disponível para prestar o seu valiosíssimo dever opinativo em prol de um bem maior!
Seria um manifesto de inegável beleza e profundidade, uma cratera de reflexões filosóficas e sociais, uma verdadeira bandeirola digna de estandarte!
Todavia, ao invés, optei por vos deixar estas palavras... bem mais sábias do que qualquer outras que tenho ouvido e lido.
 
Prestem atenção, isto é assunto da mais séria importância nacional...
 
A única crítica é a gargalhada

A única crítica é a gargalhada! Nós bem o sabemos: a gargalhada nem é um raciocínio, nem um sentimento; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma. E no entanto é o único comentário do mundo político em Portugal.
Um governo decreta? gargalhada. Reprime? gargalhada. Cai? gargalhada. E sempre esta política, liberal ou opressiva, terá em redor dela, sobre ela, envolvendo-a como a palpitação de asas de uma ave monstruosa, sempre perpetuamente vibrante, e cruel - a gargalha!
Política querida, sê o que quiseres, toma todas as atitudes, pensa, ensina, discute, oprime - nós riremos. A tua atmosfera é a chalaça.
 
Escrito por Eça de Queirós, em Uma Campanha Alegre, obra que reúne os folhetins publicados pelo escritor em As Farpas, 1890-1891.
 
Um ligeiro desabafo, desculpem, mas não resisto:
 
Temos o País e os políticos que merecemos. Mais do que um "país de brandos costumes", somos um povo que luta sentado, grita depois do leite derramado e discute nas redes sociais tão efusivamente que mais parece que as suas vidas dependem tanto disso como de H2O para sobreviver.
Enquanto os cães ladram corajosa e furiosamente protegidos por um muro espesso de tédio e comodismo, a caravana passa e o circo está montado!
 
A todos os que não votaram, a todos os que se esforçaram arduamente com o seu voto nulo ou em branco, sejam bem-vindos ao espectáculo a que somos agora convidados a participar! Façamos com empenho e orgulho a plateia gargalhar, é esse o derradeiro mérito e glória da nossa nova profissão.
 
Até breve**
 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Edifício Monumental



Olá amigos,

estou assim em modo saltitante feito pulga eléctrica! Este monstro arquitetónico que estão a ver nestas fotos, para quem não conhece, é o Edifício Monumental. Sito no coração da cidade, em plena Avenida dos Aliados, apesar da sua localização privilegiada e inegável beleza encontra-se ao abandono à já vários anos.
Desconhecia a história por detrás deste prédio, todavia, sempre que por ele passava, a sua magnificência prendia o meu olhar. Acreditem, este monstrinho ao vivo é imponente, mesmo para quem está habituado a conviver com este tipo de construções tão característicos da cidade Invicta.
Era com imensa tristeza, que o via derrogado ao abandono, deteriorando-se lenta e progressivamente ao longo dos anos. Por mais do que uma vez tentei imaginar que vida teria presenciado este edifício, que género de pessoas o frequentaram no seu tempo de apogeu, que segredos calam as suas paredes, que mistérios esconde até aos dias de hoje?
Este exercício criativo a que instigo a minha imaginação é algo que irresistivelmente faço sempre que estou perante edifícios históricos. Tenho absoluto fascínio por estas construções e esse é um dos principais motivos pelo qual a Cidade do Porto me colocou de joelhos aos seus pés sem o menor esforço. 
Existe um não sei quê de dramatismo poético que me encanta. Têm uma imponência visualmente agressiva e porém simultaneamente bela, que me traz à lembrança histórias de amores trágicos, romances ilícitos, mistérios, conspirações e traições que estimulam intensamente a minha curiosidade.
 
 
Adiante, que é focar este assunto e perco-me em divagações, o primordial deste post é que este edifício acomodou na década de trinta do século passado um dos mais luxuosos cafés da cidade, o Café Monumental. Café esse que chegou a ser considerado um dos mais bonitos da Península Ibéria, enchendo a cidade de glamour, fomentando o seu lado boémio, artístico e literato. Era um café-concerto como estava em voga na altura, chegando inclusive a ter duas orquestras em permanência, uma de dia e outra para as noites loucas que presumo que por lá se viveram...
Mas vamos à razão da minha excitação, o Edifício Monumental vai ser reconstruído!! Albergará um hotel e no seu piso térreo um café de luxo, aberto não apenas aos hóspedes do hotel mas devolvendo o espaço à cidade e às suas gentes... a algumas pelo menos...!
Por trás deste enorme investimento, está o empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, que promete (para bem da sua saúde) não alterar a fachada do meu monstrinho e transformar este hotel no mais emblemático do Porto.
 
Estes edifícios respiram a alma da cidade, conservá-los é manter a nossa identidade intacta, é uma herança que temos obrigação de preservar. 
Respeitar a nossa história, orgulhar-se daquilo que nos faz um povo, mais do que do Mundo, de um determinado local, é proteger e defender a nossa identidade. Saber de onde viemos, ajuda-nos a compreender quem somos e auxilia-nos a conduzir o nosso presente e o rumo que queremos dar ao nosso futuro. 
 
Até breve**
 

domingo, 8 de novembro de 2015

O Porto é...


"Para mim, o Porto não é um lugar, mas um sentimento"

Olá amigos, 

esta frase de Agustina Bessa-Luís define na perfeição o que o meu coração sente pela Cidade Invicta. O Porto é, como todas as grandes paixões, inexplicável. É um sentimento, uma emoção. Não é um local que se goste assim assim, é um bocado de chão que não deixa ninguém indiferente. Ou se ama ou se odeia. 
Desde 2004 que escolhi morar nesta cidade. Na verdade, foi ela que me escolheu a mim. Só esse motivo é capaz de explicar o que eu não sou capaz de o fazer...

"O que me prende aqui?"

Penso tanto nesta pergunta... porém, a sensação de pertença que tenho pelo Porto, é visceral. Estou certa de que sorrateiramente e sem vergonha nenhuma a invicta me enfeitiçou. 
Chego ao ponto de, por estar neste momento a trabalhar fora da cidade, sentir saudades de cá estar. Faz-me uma falta tremenda não viver diariamente o Porto. Isto apesar de voltar todos os dias, para esta terra que hoje em dia considero também como minha, nem que seja apenas para dormir! 
À onze anos a morar cá, já desisti de lutar contra este sentimento de pertença. Sei com uma certeza que não se explica, que Porto será sempre sinónimo de "Casa", mesmo que a vida um dia me leve para muito longe daqui. 

Até breve**

sábado, 31 de outubro de 2015

"Para onde vão os guarda-chuvas" - Sugestão literária de Outubro



Olá amigos,

não quis que o mês terminasse sem vos deixar uma sugestão literária, afinal não seria um verdadeiro retorno ao mundo das letras sem esta crónica. Hoje deixo-vos uma preciosidade.
A verdade é que para alguém que faz da leitura um vício, que se assume sem vergonha como um livroólico, torna-se difícil encontrar um livro que nos deixe absolutamente rendidos. Talvez porque a exigência ao longo do tempo se torna maior, o olhar crítico é mais minucioso,  não é assim qualquer um que conquista um lugar no nosso top de livros. 
Pode inclusive estar muito bem escrito, ser de um escritor conceituadíssimo, ter uma excelente crítica, para os olhos de um leitor experiente, é preciso bem mais do que isso.
Porém, por vezes, somos deslumbrados por um livro que nos faz sentir pequenos. Infinitamente pequeninos perante a sua grandeza.
“Para onde vão os guarda-chuvas” é um dos mais belos livros que li nos últimos anos. Este foi o primeiro que me passou pelas mãos de Afonso Cruz, escritor que à altura desconhecia e que me agarrou feito lapa colado à rocha à sua escrita. Acreditem, a comparação não é exagero.
Afonso Cruz pega em cada personagem a quem dá vida, em cada pequena história, e tece um tapete com intensa criatividade, onde personagens e vidas se cruzam e interligam magistralmente.
“Para onde vão os guarda-chuvas” é isso mesmo: um tapete de tolerância e de bondade, de amor e de perdão.

"As personagens em "Para onde vão os guarda-chuvas" são peças, com diferente importância, num tabuleiro de xadrez (metáfora da vida). No entanto, a dicotomia entre Bem e Mal, entre peças negras e brancas, entre espaços brancos e negros não é nítida. O Bem não elimina o Mal; incorpora-o e domina-o.
As acções, sejam com intuitos bondosos ou maldosos, têm, por vezes, o efeito contrário ao pretendido, e o sujeito passivo, mergulhado na incompreensão, reage o melhor que consegue.
O universo de Afonso Cruz não se limita a criar empatia entre as palavras e a pré-existente sensibilidade do leitor. Não. O seu universo expande-se a cada livro. O leitor é transportado para sítios desconhecidos, “mentiras” com verdade no seu interior, ficção que quebra limites da realidade."

Afonso Cruz entrou com passadeira vermelha para o meu top de escritores favoritos, sendo que apesar de já ter lido outros dois livros deste escritor, com o mesmo fascínio e encantamento, "Para onde vão os guarda-chuvas" é especial.
Ler Afonso Cruz é inquietante pelas questões humanistas que foca, a par com Saramago, este possui igualmente a capacidade rara de abalar as minhas convicções, fazer-me reflectir e questionar-me.

Espero que gostem, não é uma escrita difícil de interpretar, todavia, é um livro para se ir digerindo e reflectindo. Aconselho por isso e apenas por isso, para um leitor que procure num livro mais do que um mero passatempo. É adequado quer para mulheres quer para homens e é perfeito para ser oferecido!

Até breve**

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

No regrets


"Laugh when you can, apologize when you should, and let go of what you can't change. Kiss slowly, forgive quickly, play hard, take chances, give everything, and have no regrets. Life is too short to be anything but happy!"
 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Metamorfose

Olá amigos,
 
à já algumas semanas que tinha decidido resgatar o blogue do baú das recordações, todavia, deixei-o adormecido demasiado tempo e ao segurá-lo novamente nas mãos, mais do que sentir o peso da minha história, apercebi-me de uma fina camada de pó que cobria-lhe a pele.
O seu aborrecimento era palpável, em vez de um sorriso radiante ofereceu-me o seu silêncio recriminatório.

"Abandonaste-me"
 
Ressentimento era aparentemente tudo o que estava disposto a oferecer-me. E eu merecia-o, mereci cada um daqueles olhares acusatórios que me rasgavam a carne como garras.
Assenti, como uma condenada resignada perante a minha inegável culpabilidade. E em desespero de causa, ordenei que as pontas dos meus dedos lhe transmitissem o meu arrependimento.
Sem resultado, nem um singelo olhar de esgueira de encorajamento. Ao invés revirou-me os olhos com enfado.
Acariciei-lhe a superfície de mansinho e pacientemente fui vendo a sujidade desaparecer. Continuei a fazer-lhe festinhas até que o senti finalmente ceder perante a meiguice dos meus dedos. Sussurrei-lhe numa linguagem muda os segredos que lhe tenho escondido e que só a ele me atrevo a confessar.
Pela primeira vez em muito tempo voltei a sentir-me em paz.

Porque trato o meu blogue como um amigo? é simples. Ele é a melhor parte de mim. É nele que conservo intacta a minha inocência. E é através dele que mantenho viva a criança que tenho em mim.
Escrever é a escapatória que encontrei para libertar as minhas emoções, mais do que um prazer, representa em determinadas alturas uma necessidade física. É o barómetro, que equilibra os meus dois pólos, emocional vs. racional.
Podia fazê-lo em privado, sem o partilhar com todos vocês que me lêem, sem me expôr, porém, este cantinho é um refúgio de luz para mim e espero, talvez com alguma presunção, que o seja também para vós.
Espero, que me procurem em especial quando estejam a atravessar um dia de sombras e se as minhas palavras forem capazes de vos transmitir algum calor ao coração, essa é a forma que tenho de retribuir à vida.

Por isso, a vós que nunca me abandonaram durante este meu longo período de reclusão, aos meus amigos e familiares que sempre me instigaram a regressar, mas em especial aos meus seguidores, dizer-vos apenas o seguinte :

Atrevo-me novamente a sonhar por mim e por vós. Atrevam-se a continuar a sonhar comigo.

Até breve**
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Carta a um filho, Rudyard Kipling


Se fores capaz de não perder a cabeça quando todos à tua volta
perdem a deles e te culpam por isso;
Se fores capaz de confiar em ti mesmo quando os outros duvidam,
mas aceitando perguntar a ti mesmo se não terão um bocadinho de razão;
Se fores capaz de esperar sem deixar que a espera te canse,
ou, sendo alvo de calúnia, te recusares a caluniar,
ou, sendo odiado não te deixares levar pelo ódio
sem te tornares sobranceiro nem te perderes em palavras ocas;
se fores capaz de sonhar sem deixar que os sonhos te escravizem;
se fores capaz de pensar, mas não cruzares os braços;
se fores capaz de viver o triunfo e a desgraça
tratando-os, a ambos, como impostores que são;
se fores capaz de suportar ver a verdade das tuas palavras
deturpada por velhacos para a transformarem em armadilha para os tolos;
ou, vendo as coisas a que dedicaste a vida feitas em pedaços, te vergares para as reconstruir com ferramentas já gastas;
se fores capaz de juntar, numa mão cheia, todos os teus ganhos, arriscá-los num cara ou coroa,
perdê-los e começar do zero
sem nunca soltar um lamento;
se fores capaz de obrigar o teu coração, o teu espírito e o teu corpo s servirem a tua vontade mesmo depois de exaustos
e, assim, te mantiveres de pé quando já nada resta dentro de ti, excepto a força que te diz: "Aguenta";
se fores capaz de falar às multidões sem perder a virtude,
caminhar com réis sem deixar de ser simples;
se nem os teus inimigos nem os teus amigos mais queridos te conseguirem magoar;
se todos os homens contarem contigo, mas nenhum dispuser de ti;
se fores capaz de preencher o fugaz minuto
com sessenta segundos vividos plenamente,
tua será a terra e tudo o que nela existe,
e - o que mais importa - serás um Homem, meu filho!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Recadinho a quem interessar VIII


"Amar não é o salve-se quem puder; amar é o salvo-te para poder. Salvamo-nos sempre que há lágrimas para chorar. Não condescendemos, não aceitamos com resignação. Mas salvamo-nos. Se te dói eu vou, acolho parte do que te dói, partilho parte do que não me dói. E é assim que nos equilibramos. Tu com metade do que não me dói e eu com metade do que te dói. Sofres metade do que podias sofrer e eu sofro metade do que tu podias sofrer. Nem sequer penso na equação que resolvo. Penso apenas que te estou a extrair metade da dor. E basta isso para a metade da dor que me dói ser, até ela, feliz. E depois é ao contrário. Quando me dói, tu vens e divides-me o que me quer matar. E lá vamos, os dois, ao sabor da maré mas nunca sem tentar, a toda a hora, reverter o correr das ondas."

Sempre juntas**


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sugestão literária


Olá amigos,

Firmin é a primeira sugestão literária que tenho para vos apresentar este mês! Se estão à procura de um excelente entretenimento, bom, este vai encher-vos as medidas. E se são patológicamente doentes por livros, têm obrigatoriamente de o ter na vossa estante. 
Firmin é um dos melhores livros que já me passou pelos olhos. É daquelas preciosidades literárias que poucos conhecem ou mesmo ouviram falar, mas posso garantir-vos que por muitos livros que vocês leiam, depois de conhecerem a história deste rato, jamais o vão esquecer. 

Sinopse:  

"Nascido na cave da Pembroke Books, uma livraria de Boston dos anos 60, Firmin aprendeu a ler devorando as páginas de um livro. Mas uma ratazana culta é uma ratazana solitária. 
Marginalizado pela família, procura a amizade do seu herói, o livreiro, e de um escritor fracassado. À medida que Firmin desenvolve uma fome insaciável pelos livros, as suas emoções e os seus medos tornam-se humanos. É uma alma delicada presa num corpo de ratazana e essa é a sua tragédia."

Escrito num estilo que varia entre o sarcástico e o enternecedor, esta alegoria encantou-me pela originalidade. Preparem-se para serem conquistados por um rato que vos vai prender pelo humor, pela inocência e pela tristeza. 
Firmin é uma fábula sobre a condição humana, inesquecível e profundamente comovente. 

Espero que gostem! 

Até breve**

domingo, 28 de setembro de 2014

Vergonha procura-se...


Olá amigos,

eu sei que mereço uma dose de pancada maior do que a que o Seguro levou hoje... porém tentem ser magnânimos e condescendentes com estes meus períodos de ausência! 
Podia tentar justificar com as férias, com a loucura que foi este início do ano judicial, com a falta de tempo, com o facto do gato ter escondido o meu pc ou qualquer outra desculpa, mas a verdade é elementar de tão básica, preguicite aguda! Doença terrível esta...! 
De qualquer forma eu sei que vocês são uns queridos e que nunca me abandonam. E para recompensar a vossa infinita condescendência, este mês vai ter sem falta uma sugestão literária para vós!! 

Obrigadinha pela vossa compreensão,

e... até breve!


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto...as que escrevo para ti III


(...)

Soube que estava perdida quando depositaste suavemente um beijo na ponta do meu nariz e me segredaste docemente ao ouvido, quase de forma tímida... "vamos dormir?"
Ao som destas palavras sou capaz de jurar que ouvi a nossa música tocar e com ela estes últimos meses desvaneceram-se como se nunca tivessem acontecido.
Estendeste-me a mão, abraçaste o meu corpo nos teus braços e olhaste-me demoradamente. Toquei-te no rosto e reconheci uma expressão tão característica tua... e se tinha alguma dúvida do que ela significava, as palavras obscenas que me sussurraste de seguida tiraram-me qualquer dúvida!! 
Agora escrevo-te esta carta enquanto dormes do meu lado. Tão profundamente que nem te mexes quando te acaricio os cabelos. Como tinha saudades de mimar esses fios de ouro com a ponta dos meus dedos...
Olho-te assim adormecido do meu lado e sei que por muito lamechas que isto pareça,  felicidade é isto! 
E deixo escapar um sorriso ao relembrar as tuas últimas palavras antes de o sono te vencer... estou certa que estas me perseguirão todos os dias:

"Só consigo dormir bem contigo. Sinto-me tão cansado sem ti."

Também eu, meu amor. Também eu...

Recadinho a quem interessar VII


"Acordamos sempre de mãos dadas. Já reparaste? É como se até nos sonhos precisássemos de estar juntos. Adormeço e levo-te comigo, mão na mão, para que nenhum caminho que faço, mesmo o que acontece por dentro do meu inconsciente, se faça sem ti."

sábado, 19 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto... as que escrevo para ti II

(...)

Sempre acreditei que existem palavras que se devem dizer com os olhos e não com a boca. Amo-te é uma delas. E eu amei-te, oh como te amei. Amei até todos aqueles defeitos que me irritam em ti. 
Amei-te a ponto de deixar-te sempre livre, para que tomasses as tuas próprias escolhas, a mim restava-me esperar que essas te conduzissem até mim.
Amei-te sem nunca tentar fazer-te meu. E se isto não é amor não sei mais nada desta vida. 
Hoje estou certa que não se sente este sentimento duas vezes. Com sorte, muita sorte, consegue-se sentir uma. Tal como estou certa, que escrevi a palavra "amei-te" no pretérito, tal como podia ter escrito no presente ou no futuro. Porque quando penso em ti, esta palavra encaixa na perfeição nos três tempos verbais. Amei-te, amo-te e amar-te-ei. Tão piroso isto, mas que queres? Amar-te deixa-me assim.
Voltar a ver-te, estarmos novamente juntos depois destes meses de afastamento têm sido horrível. Oh deliciosamente horrível...
Mas foi estranho, sei que também o sentiste. Aqueles instantes iniciais, a dúvida se te beijava na boca ou no rosto, tentar ter uma conversa banal, falar de superficialidades... e depois o silêncio. Silêncio constrangedor... desde quando é que esta ausência de som que era tão confortável entre nós se tornou incómoda?! Ralhei-te sem motivo e riste-te do meu mau humor. Odeio o teu riso, sabes? odeio, odeio, odeio de tanto que o amo.
Seguraste-me no rosto e obrigaste-me a olhar-te. E com aquela segurança na voz que sempre me fascinou, perguntaste-me se realmente queria ouvir tudo o que calaste durante estes meses?
Respondi-te que não... Não precisava de as ouvir, todo o som que queria naquele momento era-me transmitido pelos teus olhos, pelo teu sorriso e pelo calor do teu abraço apertado e cada um destes pequenos bocados teus gritavam tão alto que envergonhariam as tuas potentes cordas vocais.

(...)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto... as que escrevo para ti I


Preciso descobrir que feitiço me lançaste. 
Como é possível que o simples facto de voltar a ver-te tenha este efeito em mim? É que nem preciso estar no mesmo espaço físico que tu. Basta-me sentir a tua presença, saber-te perto e todas as muralhas que construí à minha volta desde que partiste, desmoronam como se fossem simples grãos de areia. 
Ajuda-me! Porque sozinha não consigo encontrar uma explicação lógica para depois destes longos meses separados, o simples roçar dos teus lábios no meu rosto continue a fazer-me esquecer que existe mundo para além de nós.
Responde-me por favor, como é que o teu sorriso mais banal consegue ainda endoidecer o meu coração a ponto de este bater tão violentamente que receio até que se consiga fazer ouvir?
E porquê que é apenas nos teus braços que me sinto novamente "eu"? Abraçar-te é como voltar a casa depois de uma longa e exaustiva viagem.
Oh que saudades tinha desta sensação de pertença... 
Tento em vão descobrir quando é que te dei este poder sobre mim, que me torna completamente, estupidamente aparvalhada!
Pertença?! que ridículo! Eu que sempre aspirei a liberdade dou-me conta ao reencontrar-te, que te pertenço. É tão simples quanto isto. Pertenço-te. E o pior, é que não sinto o menor embaraço em admitir isto! (Se te ris do que acabei de escrever, bato-te. Juro-te que sim!)
Na verdade, e sendo justa, pertencê-mo-nos. Podia ter-nos dado para muito pior, não te parece querido?
Durante estes meses tudo o que fiz foi tentar que desaparecesses. Sabes quanto difícil é recomeçar sem ti? E esquecer o que o toque das tuas mãos provoca em cada bocadinho meu?
Viver sem ti não é viver. É sobreviver. E isso é o que tenho feito, desde aquele abraço de despedida no aeroporto que te levou para longe de mim. Sobreviver. Sem ti, não vivo, sobrevivo.

(...)