quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Recadinho a quem interessar VIII


"Amar não é o salve-se quem puder; amar é o salvo-te para poder. Salvamo-nos sempre que há lágrimas para chorar. Não condescendemos, não aceitamos com resignação. Mas salvamo-nos. Se te dói eu vou, acolho parte do que te dói, partilho parte do que não me dói. E é assim que nos equilibramos. Tu com metade do que não me dói e eu com metade do que te dói. Sofres metade do que podias sofrer e eu sofro metade do que tu podias sofrer. Nem sequer penso na equação que resolvo. Penso apenas que te estou a extrair metade da dor. E basta isso para a metade da dor que me dói ser, até ela, feliz. E depois é ao contrário. Quando me dói, tu vens e divides-me o que me quer matar. E lá vamos, os dois, ao sabor da maré mas nunca sem tentar, a toda a hora, reverter o correr das ondas."

Sempre juntas**


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sugestão literária


Olá amigos,

Firmin é a primeira sugestão literária que tenho para vos apresentar este mês! Se estão à procura de um excelente entretenimento, bom, este vai encher-vos as medidas. E se são patológicamente doentes por livros, têm obrigatoriamente de o ter na vossa estante. 
Firmin é um dos melhores livros que já me passou pelos olhos. É daquelas preciosidades literárias que poucos conhecem ou mesmo ouviram falar, mas posso garantir-vos que por muitos livros que vocês leiam, depois de conhecerem a história deste rato, jamais o vão esquecer. 

Sinopse:  

"Nascido na cave da Pembroke Books, uma livraria de Boston dos anos 60, Firmin aprendeu a ler devorando as páginas de um livro. Mas uma ratazana culta é uma ratazana solitária. 
Marginalizado pela família, procura a amizade do seu herói, o livreiro, e de um escritor fracassado. À medida que Firmin desenvolve uma fome insaciável pelos livros, as suas emoções e os seus medos tornam-se humanos. É uma alma delicada presa num corpo de ratazana e essa é a sua tragédia."

Escrito num estilo que varia entre o sarcástico e o enternecedor, esta alegoria encantou-me pela originalidade. Preparem-se para serem conquistados por um rato que vos vai prender pelo humor, pela inocência e pela tristeza. 
Firmin é uma fábula sobre a condição humana, inesquecível e profundamente comovente. 

Espero que gostem! 

Até breve**

domingo, 28 de setembro de 2014

Vergonha procura-se...


Olá amigos,

eu sei que mereço uma dose de pancada maior do que a que o Seguro levou hoje... porém tentem ser magnânimos e condescendentes com estes meus períodos de ausência! 
Podia tentar justificar com as férias, com a loucura que foi este início do ano judicial, com a falta de tempo, com o facto do gato ter escondido o meu pc ou qualquer outra desculpa, mas a verdade é elementar de tão básica, preguicite aguda! Doença terrível esta...! 
De qualquer forma eu sei que vocês são uns queridos e que nunca me abandonam. E para recompensar a vossa infinita condescendência, este mês vai ter sem falta uma sugestão literária para vós!! 

Obrigadinha pela vossa compreensão,

e... até breve!


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto...as que escrevo para ti III


(...)

Soube que estava perdida quando depositaste suavemente um beijo na ponta do meu nariz e me segredaste docemente ao ouvido, quase de forma tímida... "vamos dormir?"
Ao som destas palavras sou capaz de jurar que ouvi a nossa música tocar e com ela estes últimos meses desvaneceram-se como se nunca tivessem acontecido.
Estendeste-me a mão, abraçaste o meu corpo nos teus braços e olhaste-me demoradamente. Toquei-te no rosto e reconheci uma expressão tão característica tua... e se tinha alguma dúvida do que ela significava, as palavras obscenas que me sussurraste de seguida tiraram-me qualquer dúvida!! 
Agora escrevo-te esta carta enquanto dormes do meu lado. Tão profundamente que nem te mexes quando te acaricio os cabelos. Como tinha saudades de mimar esses fios de ouro com a ponta dos meus dedos...
Olho-te assim adormecido do meu lado e sei que por muito lamechas que isto pareça,  felicidade é isto! 
E deixo escapar um sorriso ao relembrar as tuas últimas palavras antes de o sono te vencer... estou certa que estas me perseguirão todos os dias:

"Só consigo dormir bem contigo. Sinto-me tão cansado sem ti."

Também eu, meu amor. Também eu...

Recadinho a quem interessar VII


"Acordamos sempre de mãos dadas. Já reparaste? É como se até nos sonhos precisássemos de estar juntos. Adormeço e levo-te comigo, mão na mão, para que nenhum caminho que faço, mesmo o que acontece por dentro do meu inconsciente, se faça sem ti."

sábado, 19 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto... as que escrevo para ti II

(...)

Sempre acreditei que existem palavras que se devem dizer com os olhos e não com a boca. Amo-te é uma delas. E eu amei-te, oh como te amei. Amei até todos aqueles defeitos que me irritam em ti. 
Amei-te a ponto de deixar-te sempre livre, para que tomasses as tuas próprias escolhas, a mim restava-me esperar que essas te conduzissem até mim.
Amei-te sem nunca tentar fazer-te meu. E se isto não é amor não sei mais nada desta vida. 
Hoje estou certa que não se sente este sentimento duas vezes. Com sorte, muita sorte, consegue-se sentir uma. Tal como estou certa, que escrevi a palavra "amei-te" no pretérito, tal como podia ter escrito no presente ou no futuro. Porque quando penso em ti, esta palavra encaixa na perfeição nos três tempos verbais. Amei-te, amo-te e amar-te-ei. Tão piroso isto, mas que queres? Amar-te deixa-me assim.
Voltar a ver-te, estarmos novamente juntos depois destes meses de afastamento têm sido horrível. Oh deliciosamente horrível...
Mas foi estranho, sei que também o sentiste. Aqueles instantes iniciais, a dúvida se te beijava na boca ou no rosto, tentar ter uma conversa banal, falar de superficialidades... e depois o silêncio. Silêncio constrangedor... desde quando é que esta ausência de som que era tão confortável entre nós se tornou incómoda?! Ralhei-te sem motivo e riste-te do meu mau humor. Odeio o teu riso, sabes? odeio, odeio, odeio de tanto que o amo.
Seguraste-me no rosto e obrigaste-me a olhar-te. E com aquela segurança na voz que sempre me fascinou, perguntaste-me se realmente queria ouvir tudo o que calaste durante estes meses?
Respondi-te que não... Não precisava de as ouvir, todo o som que queria naquele momento era-me transmitido pelos teus olhos, pelo teu sorriso e pelo calor do teu abraço apertado e cada um destes pequenos bocados teus gritavam tão alto que envergonhariam as tuas potentes cordas vocais.

(...)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto... as que escrevo para ti I


Preciso descobrir que feitiço me lançaste. 
Como é possível que o simples facto de voltar a ver-te tenha este efeito em mim? É que nem preciso estar no mesmo espaço físico que tu. Basta-me sentir a tua presença, saber-te perto e todas as muralhas que construí à minha volta desde que partiste, desmoronam como se fossem simples grãos de areia. 
Ajuda-me! Porque sozinha não consigo encontrar uma explicação lógica para depois destes longos meses separados, o simples roçar dos teus lábios no meu rosto continue a fazer-me esquecer que existe mundo para além de nós.
Responde-me por favor, como é que o teu sorriso mais banal consegue ainda endoidecer o meu coração a ponto de este bater tão violentamente que receio até que se consiga fazer ouvir?
E porquê que é apenas nos teus braços que me sinto novamente "eu"? Abraçar-te é como voltar a casa depois de uma longa e exaustiva viagem.
Oh que saudades tinha desta sensação de pertença... 
Tento em vão descobrir quando é que te dei este poder sobre mim, que me torna completamente, estupidamente aparvalhada!
Pertença?! que ridículo! Eu que sempre aspirei a liberdade dou-me conta ao reencontrar-te, que te pertenço. É tão simples quanto isto. Pertenço-te. E o pior, é que não sinto o menor embaraço em admitir isto! (Se te ris do que acabei de escrever, bato-te. Juro-te que sim!)
Na verdade, e sendo justa, pertencê-mo-nos. Podia ter-nos dado para muito pior, não te parece querido?
Durante estes meses tudo o que fiz foi tentar que desaparecesses. Sabes quanto difícil é recomeçar sem ti? E esquecer o que o toque das tuas mãos provoca em cada bocadinho meu?
Viver sem ti não é viver. É sobreviver. E isso é o que tenho feito, desde aquele abraço de despedida no aeroporto que te levou para longe de mim. Sobreviver. Sem ti, não vivo, sobrevivo.

(...)

terça-feira, 15 de julho de 2014

A ilusão do Ser Humano


"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. 
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. 
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Procurar-te-ei



Até que a chuva lave da rua a tua passagem
E apague do meu peito a tua imagem,
Até que a luz se canse de brilhar,
E deixe a noite por iluminar.
Até que morra em mim tudo o que sei,
Procurar-te-ei.

13.07.2013

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Como sobreviver a uma Segunda-Feira


Oba!!!! Haja alegria e muito café para aguentar o dia!! 
E lembrem-se, tudo fica mais fácil com um sorriso. E se isso não resultar, "bota" entupir o sistema com açúcar! São pelo menos estas as minhas técnicas de sobrevivência, especialmente a ultima... claro que em casos extremos, existe sempre aquela palavra mágica, feia, muito feia, mas que faz tanto bem à alma e que os portuenses usam como virgula! 
Vá, existe ainda outra técnica queutilizomuitoetemresultadosfenomenais, humor irónico, se bem que prefiro nestes casos o sarcasmo... é a melhor forma de insultar idiotas sem que eles dêem conta! 
Evidente que furar os quatro pneus do carro do patrão também é uma excelente forma de começar a semana! Tão tentadora esta ideia... quer dizer, péssima... oh deliciosamente péssima ideia!

Quem é amiga, quem é?!

Boa semana minha gente!**

domingo, 6 de julho de 2014

Palácio do Conde do Bolhão - Campanha degrau a degrau



Ainda em relação ao post anterior, deixo-vos este video. É uma mini visita guiada pela mão de António Capelo, pelo magnifico Palácio do Conde do Bolhão, onde este explica um pouco da sua história, tão presente nos romances do meu querido Camilo Castelo Branco e onde nos fala da Campanha De Degrau a Degrau!!

Vejam, por favor percam um pouco do vosso tempo e deixem-se apaixonar por este Palácio e por este projecto.

Obrigadinha pela paciência! E ajudem ajudem!!!!

Campanha Degrau a Degrau


Olá amigos,

hoje trago-vos um projecto pelo qual me apaixonei assim que ouvi falar dele, por isso peço que leiam este post com muito carinho. A campanha Degrau a Degrau foi lançada pelo actor António Capelo, que é neste momento o director da Academia Contemporânea do Espectáculo. 
Esta companhia é detentora de um espaço que pertence à Câmara Municipal do Porto, o Palácio do Conde do Bolhão. À 13 anos que a equipa da ACE luta por este projecto que ao longo dos anos tem vindo a sofrer obras de qualificação e requalificação. 
À 13 anos que travam esta batalha para conseguir transformar este monumento histórico belíssimo que foi deixado ao abandono, em plena baixa do Porto, junto ao Mercado do Bolhão, numa casa de teatro e das artes. 
Apesar do muito que já foi feito, restaurar em detalhe todos os interiores deste magnifico Palácio, não tem sido fácil e dada a complexidade dos trabalhos de restauro e como é claro, os praticamente inexistentes apoios internacionais mas especialmente nacionais, a ACE, não têm possibilidade para concluir este projecto sem ajudas. 
O que têm tentado fazer é encontrar mecenato que possa trabalhar com esta companhia no restauro das salas do Palácio. Porém, para a escadaria principal, que dá acesso aos diferentes pisos do edifício não foi possível encontrar ninguém interessado em se associar à ACE para a recuperar.
A reabilitação desta escadaria monumental, de 67 degraus e o espaço envolvente está orçamentada em 35 mil euros. Nesse sentido foi lançada esta campanha para angariar donativos para este fim, e pode-se contribuir a partir de um euro, sim um simples euro, que hoje em dia nem dá para dois cafés, até ao limite que cada um puder.

Como recompensa para quem ajudar, independentemente do valor doado, o nome da pessoa em questão estará presente em determinado local neste palácio. 
Esta é uma forma de agradecimento por parte da ACE, mas é também um meio de incluir a população neste sonho de um grupo/escola de teatro.

Todavia, para mim é um pouco mais do que isso. Um dos motivos pelo qual a Invicta roubou sem vergonha nenhuma o meu coração foi precisamente por estes edifícios antigos, que respiram uma época de glamour e classe. Eles são parte viva na história do Porto e preservá-los é manter essa herança sempre pronta para ser partilhada. Entender o nosso passado é entender o nosso presente e o rumo que queremos dar ao futuro. 
A antiguidade destes edifícios que para muitos faz com que o Porto pareça sombrio, velho, meio abandonado, para mim estes fazem parte da identidade não apenas dos portuenses mas de todos os portugueses! Pode-se discutir onde é que D. Afonso Henriques nasceu, Guimarães será sempre onde Portugal começou a ser desenhado, mas meus amigos, o nome deste nosso mui nobre país veio desta terra maravilhosa! Portucale, hoje mais conhecida mesmo como Porto, e isso é indiscutível e inalterável!

Por isso ajudar este projecto é apoiar as artes e a difusão da cultura mas é também devolver à cidade e ao País um pouco de nós, porque um país é feito de história e a historia é feita de gente! 

Preservar estes "monstros" arquitectónicos é manter intacta a nossa identidade! 

Vamos lá ajudar este projecto, eu já o fiz e mal posso esperar para ver este palácio aberto ao público e encontrar lá perdido entre tantos outros o meu nome. 

Neste Link podem aceder a toda a informação mais pormenorizadamente. Assim como o NIB para a transferência bancária. 

Espero que este sonho vos apaixone como fez comigo e contribuam na medida das vossas possibilidades. 

Até breve**

sábado, 5 de julho de 2014

A história da minha vida


Ainda em relação ao post de ontem, é assim que o meu cérebro funciona quando o assunto é livros...

Nada mais a declarar!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Festival do Livro


Olá amigos,´

na próxima semana o Mercado do Bom Sucesso vai acolher um festival do livro!! Ler é Rock é o nome deste evento que começa dia 09 e prolonga-se até 13 de Julho. 
A marcar presença estarão grupos editoriais como Almedina, Bertrand, Vida Económica, assim como uma lista muito muito doce de Alfarrabistas!
Tenho a declarar que acho isto uma piada vinda directamente dos confins da casa do Demo. Está uma pessoa diariamente a fazer um esforço nada (nadinha de nada mesmo) saudável para se controlar e não comprar mais livros (vergonhosa a minha lista de espera) e depois é isto, um festival às portas de casa! Se afinar o ouvido consigo ouvir o meu multibanco já a gemer! 

Aproveitem, estes eventos são sempre óptimos para encontrar preciosidades literárias e claro promoções convidativas...

Ai senhor ajuda-me!

Até breve**

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Recadinho a quem interessar VI



"Gosto de quando és homem, sabias? da maneira como corajosamente te encolhes e me mostras que és tão grande, um gigante imenso que doí. Há tanta gente que não têm tamanho suficiente para ficar pequena, já viste? às vezes há tectos insustentáveis dentro de nós, dias que nos pedem desistência, e é então que te deixas ir à espera de que te vá buscar (...)
És tão cobarde como herói e é assim que te amo, o menino que se fez grande para me poder defender, gosto muito do heroísmo da tua fragilidade."

domingo, 29 de junho de 2014

Na minha solidão estás tu. Sempre tu.


Ontem senti a tua falta. Senti-a como à muito não acontecia... 
Precisei de ti, precisei de te fazer queixinhas da Vida. Deu-me uma tareia, sabes? Ainda tentei vestir a minha armadura e ripostar mas ela limitou-se a rir malvadamente da minha impertinência e levou-me ao tapete sem piedade. 
Ontem precisei de me fazer pequenina, de me encolher nos teus braços a lamber as minhas feridas.  Desejei estar só. Estar só, contigo. 
Precisei que me olhasses. Precisei do balsamo dos teus olhos cor de mar nos meus arranhões. Precisei que eles me falassem. Era apenas esse som que necessitava ouvir. 
Quis neles voltar a mergulhar e simplesmente deixar-me ir. Estou certa de que estarias tranquilo mas vigilante a aguardar que regressasse à tona. Sei que me resgatarias se fosse longe de mais. 
Assusta-me a sumptuosidade do mar, sabes isso. Sempre me espicaçaste sarcasticamente por este meu medo. Achavas peculiar uma ilhéu que teme esta força da natureza. Mas o que não te disse, é que nunca temi perder-me nessas águas azuis bem mais perigosas.
Era inevitável que acontecesse. Soube, senti nas minhas entranhas com uma certeza que não se explica que era essa a minha sina. Não tentei escapar ao meu fado, pelo contrário. E tal como esperava, perdi-me nelas, perdi-me em ti. E continuo à deriva. Ainda assim, não desejaria outro destino que não este. 
Ontem não consegui ser a mulher corajosa que admiras. Era a menina frágil e magoada que apenas tu conheces. Que apenas contigo sinto à vontade para o ser. 
Não quis ouvir palavras ocas de consolo. Fechei-me no meu mundo, fugindo de frases feitas de animo que sei-as cheias de boas intenções. 
Ontem não precisava de ninguém. Não queria ninguém. 
Só aninhar-me no teu colo e deixar que me protegesses. 
Ontem não queria ninguém. 
Não queria ninguém... que não fosse tu. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A Oficina Dos Livros Proibidos

Olá amigos,

esta é a minha sugestão mensal de leitura e a menina aqui adorou! 
Eduardo Roca conduz-nos até ao ano de 1435 e toda a narrativa passa-se na cidade de Colónia, numa época em que pouco a pouco começaram a haver mudanças importantes na distribuição do conhecimento, até ali praticamente exclusivo da igreja. 
A história dá-nos a conhecer um grupo de eruditos que na clandestinidade têm um propósito comum: transmitir a cultura e o saber ao povo através dos livros. 
Uma aventura histórica, envolvente, de leitura acessível, onde se discutem temas de religião, poder, repressão e lealdade. 
Este livro prendeu o meu interesse pela temática em questão, pela forma como o escritor foi desmontando a narrativa, porém, esperava um pouco mais de emoção, característica marcante desde género literário. 
De qualquer forma, é um excelente livro, com um enredo delicioso para os apaixonados por livros. Peca a meu ver pela tradução ser com o novo acordo ortográfico... ainda assim, vale a pena! 

Espero que gostem,

Até breve**

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A descobrir o Porto


Se há coisa que pura e simplesmente adoro é descobrir lugares novos nesta terra que não é minha, mas que amo como se fosse! Gosto de pensar que a conheço como a palma da minha mão. E gosto mais ainda quando passados 10 anos cá a viver, ainda me consegue surpreender. 
Hoje estive a tomar café neste lugar que tenho dificuldade em descrever. Juro-vos que é uma vista de tirar a respiração. Senti vontade de me chicotear por só agora ter descoberto este cantinho do céu...
Fica no 17º andar do Hotel Dom Henrique, na Rua do Bolhão, em pleno coração da baixa do Porto. 
Um espaço aberto ao público, confortável, contemporâneo, com música escolhida a dedo, mas até podia ser o tasco da esquina porque o ponto forte deste local é esta vista deslumbrante! Parece que estamos suspensos sobre a cidade! 
Quanto aos preços, bom... é preço de hotel... mas vão por mim, compensa. Oh como compensa! Voltarei lá muito em breve, mas à noite para aproveitar outra perspectiva deste local.

Se tiverem oportunidade vão até lá, acreditem, não se vão arrepender!!

Até breve**


Recadinho a quem interessar V


"Disse-te que aguentava. Disse-te que o sentido da vida estava em continuar. Acreditei. Acreditei mesmo que havia um continuar. E há. Tudo o que faço é mesmo isso, apenas isso. Desesperadamente isso. Continuar. Sem ti continuo. Continuo-me. 
Perder-te mudou tudo mesmo que tudo continue na mesma."


terça-feira, 10 de junho de 2014

Se Eu Fosse Um Livro


"Se eu fosse um livro 
era um livro a aventuras. De bons e maus.
De pernas de pau.
Depois de crescer era um livro revolucionário.
Proibido. Chamuscado. 
Passado de mão em mão.
Ou então não. 
Mais tarde seria um livro de poesia. 
Um livro de amor.
Com paixão e até traição. 
Com páginas arrancadas, sublinhadas.
Um livro resistente.
que suportasse o sal das minhas lágrimas.  
Se eu fosse um livro era um clássico. 
Para ler na cama. No silêncio do vida a dois.
Um guia. De vários tamanhos. 
Que se lê no meio do banho, da tosse e do ranho. 
Um livro que te trata
com todo o carinho.
Com o passar do tempo, um livro de memórias.
Com revelações e confidências. Com rugas na capa. 
Cheio de páginas. Cheio de vida. 
Se eu fosse um livro tinha muitos capítulos.
Só não queria ter fim."

Um Mundo Só Nosso


Porque o teu mundo fascina-me.
Porque adoro partilhar contigo o meu.
Porque vivemos num mundo só nosso.
Porque o teu mundo é meu.
Porque o meu mundo é teu.
Porque podemos ser os únicos habitantes do nosso mundo, 
Mas porque tu vives no meu mundo e eu vivo no teu mundo,
Nunca estamos sós.


sábado, 7 de junho de 2014

06-06-2008

"O drama da vida é haver vida instaladas na nossa, 
somos a junção de vários pedaços e perder alguém é como uma amputação."

É do teu abraço que mais sinto falta sabes? Ninguém abraça o meu corpo como tu fazias. E suspeito que nunca ninguém o fará.

Miss you always
All see you soon my boy**

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A acontecer no Porto IV


Amores da minha vida, o Fim-de-semana está à porta!!! E nem S. Pedro vai conseguir estragá-lo. Se não sabem o que fazer por estas bandas eu deixo-vos três eventos que vão decorrer nos próximos dias:

1* Rotas das Tapas:


Gentiiii é o ultimo fim-de-semana que podem embarcar nesta viagem e "tapear"! Para quem gosta de petiscar, conviver e experimentar novos sabores, não podem perder este evento. 
A ideia é andar pela baixa do Porto e zona ribeira de mapa na mão a percorrer esta rota de iguarias tipicamente portuguesas. 

Cada estabelecimento oferece aos aventureiros uma tapa unica, criada especialmente para este evento, acompanhada de uma cerveja Estrella Damm. 
Quanto ao preço este é fixo, ficando cada combinação (tapa+cerveja) por três euros. 
Podem encontrar os mapas nos estabelecimento aderentes, onde podem consultar não só a localização dos "spots" que fazem parte desta rota, assim como informação sobre as tapas que cada um oferece. 
Para além da partilha de sabores entre amigos, podem também ganhar com esta brincadeira uma viagem a Barcelona. Para isso, não se esqueçam de carimbar o vosso passaporte! Por cada estabelecimento que visitarem têm direito a um carimbo. 
Para concorrer basta preencher o passaporte com três carimbos de locais diferentes, deixá-lo na tômbola de um dos restaurantes aderentes e tirar uma fotografia para o Instagram desta aventura, ou podem optar por partilhá-la na pagina do Facebook Estrella Damm. 

É um programa ideal para fazer com amigos, espero que gostem e que se divirtam tanto quanto eu me diverti!

2* Nós Primavera Sound:



O Porto enche-se de música com o festival Nos Primavera Sound, que este ano decorre entre 05 e 07 de Junho no parque da cidade. E conta com nomes sonantes como Caetano Veloso, Charlie Brown, The National, Pixies entra muitos outros. 

"O NOS Primavera Sound é um caso à parte no cenário superpovoado de festivais de música em Portugal. Porque se realiza no Porto, sim, mas também porque a música ainda parece ser o mais importante."  

É preciso dizer mais alguma coisa? Não? bem me parecia! 

Tudo sobre este festival AQUI

Mas isto não é tudo, o Hard-Club irá promover as After Hours do Nos Primavera Sound. Nas madrugadas de sábado e Domingo, os detentores de passe geral e de bilhete diário para Sexta-feira 06 de Junho e sábado (07), têm entrada livre. 

3* 18.ª Feira do Livro Novo e Antigo:


Esta é das minhas feiras favoritas ou não fosse de livros! Decorre durante os dia 06 e 07 de Junho, na Praça dos Leões e é uma verdadeira perdição para os amantes de livros. Se tiverem oportunidade, não deixem de dar lá um saltinho! 
Vão por mim, não se vão arrepender! 

Até breve**

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Vício de ti


Meu desejo não tem nome,
Pinta-se em olhares que nunca me olharam e em mil sorrisos que ainda desconheço.
Meu desejo crepita em lareira em brasa,
E reflecte os contorcionismos de dois corpos que se amam ao ritmo alucinante de dois animais esfomeados.
Meu desejo é conhecer-te até ao tutano dos teus ossos,
E não encontro melhor lugar para isso do que no meu corpo.
Meu desejo é preencher todos os teus espaços,
Nele me perdendo e fazendo-te perder.
Meu desejo é feito de beijo que dei e não dei, em corpos que amei e deixei de amar,
Nas palavras que não te vou dizer em suspiros de substituição.
Meu desejo é misturar-me na luz do teu corpo, saborear as gotas do teu suor,
E incendiar-te a ponto de combustão...
Meu desejo é precorrer os lugares de prazer
E beijar-te nas esquinas da imaginação.
Meu desejo não reconhece fronteiras, não cede às tuas barreiras,
É livre como um demónio incontrolável que ninguém tem mão.
Meu desejo anseia impaciente que te tornes realidade,
E juntos materializarmos esta doentia tentação.
Meu desejo é feito de olhares fugidios que finalmente me olharam,
E de sorrisos perdidos que finalmente se encontraram.
E no final, o meu desejo é apenas isto,
Levar-te à perdição
Numa loucura desvairada de sedução,
Num êxtase desnorteado de incompreensão.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Comunicado: O bom filho à casa torna!


Meus pequenos póneis,

depois de 5 meses afastada do blogue, começa a renascer em mim umas saudades intoleráveis de voltar a este meu cantinho e às vossas vidas! 
Não sei se isto é um surto passageiro, ou se vão ter de voltar a levar comigo diariamente. O que sei é que sinto falta de partilhar o meu mundo com vocês! 
Durante este tempo de reclusão voluntária, em que optei por me afastar das letras foi incrível o vosso feedback. 
Apesar de condescendentemente aceitarem que vos abandonasse por tempo indeterminado, nunca deixaram de me motivar a regressar e mesmo não actualizando o blogue, continuaram a visitar o Atreve-te a sonhar. As vossas mensagens, quer publicas quer privadas foram todas lidas com muito carinho e arquivadas no meu baú de recordações! 
Vocês enchem a rapariga aqui de vaidade e por vossa culpa mais pareço um peixe balão a transbordar de mimo! Atrevo-me a sonhar novamente por mim e por vós! 

Obrigadinha a todos,

Até breve**

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Até breve


Olá amigos,

quase quatro anos depois de ter criado este cantinho maravilhoso decidi pelo menos nos próximos tempos fechar o estaminé. 
Este blogue trouxe-me tanta coisa boa, é e vai sempre ser a melhor parte de mim. Tudo porque o que não sou capaz de transmitir através da palavra falada, sai-me naturalmente pela escrita. 
Tive em tempos uma amiga que chegou a comentar que ler-me era conhecer uma parte de mim que reservo a muito poucos e que  guardo escondida por muralhas intransponíveis a quem não seja convidado a entrar. E tem toda a razão. O motivo é simples, é através das letras que me expresso melhor. Sem barreiras, sem constrangimentos. 
Todavia, neste momento sinto que está na hora de me afastar um pouco, fazer uma pausa neste cantinho de luz e cor. 
Queria agradecer a todos os amigos que me acompanharam nesta aventura, a todos os meus queridos seguidores que se atreveram a sonhar comigo, obrigada pela vossa presença, pelos comentários, pelos gostos, pelas partilhas! Vocês são uns amores! E eu vou ter muitas saudades vossas! 

Tenho a certeza que voltarei um dia a este blogue, por isso isto não é uma despedida, motivo pelo qual termino este post da mesma forma como o sempre o fiz, 

Até breve**

P.S. Continuem a atrever-se sempre a sonhar, mantenham-se positivos em relação à vida e sejam generosos para com as pessoas que vos rodeiam. Acredito que a vida retribui em dobro aquilo que nós genuinamente damos! E claro, não se esqueçam que a felicidade não é uma meta, procurem-na nas coisas simples e boas do dia-a-dia.**