segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Servidão Humana" - Sugestão Literária de Novembro

Olá amigos,

estamos no último dia do mês, ainda assim, não esqueci de vos deixar uma sugestão literária. Agora que os dias estão a convidar ao recolhimento e que estamos numa época de reflexão, achei esta obra perfeita para vos aquecer o coração.
Li-o no início do ano e tenho a declarar que não só é dos melhores livros que li este ano, mas um dos melhores que me passou pelos olhos até hoje.
Foi publicado em 1915, e é a obra-prima de Somerset Maugham, considerado um dos maiores técnicos do romance da língua inglesa.
Ler "Servidão Humana" é fazer uma viagem pelas profundezas da alma dos Homens. Enganam-se se pensam que esta será uma viagem árdua e penosa. Pelo contrário, apesar da seriedade dos temas que aborda, é uma leitura agradável e até divertida tal é a forma singela e objectiva como Maugham escreve.
Porém, está muito longe de ser um "livrinho do género Light". Isto é uma obra de arte literária sobre a concepção do homem com a vida e da sua necessidade de ser servo... se não de alguém, dele mesmo.
Versa sobre dois temas que me são muito queridos, a liberdade e a felicidade. Para Somerset estes são dois conceitos frequentemente incompatíveis.
Somos livres de procurar ser felizes, todavia, isso leva-nos a uma busca interminável em que acaba por se transformar a própria vida. Ou seja, a liberdade de procurar ser feliz faz com que a procura se eternize numa busca incessante. E quase nos esquecemos de viver.
Vivemos em busca de um ideal, transformamos a felicidade numa realidade utópica inacessível, quer nos demos conta disso, quer não. Vivemos em função de um futuro e, a verdade é que esquecemos diariamente do presente.
Este é para mim dos maiores erros que cometemos enquanto seres humanos. Erro esse ao qual também às vezes insisto em prevaricar, apesar de pregar sobre ele a quem quer que tenha paciência para me escutar. É o típico, faz o que eu digo, não o que eu faço... shame on me...
É sobre este conflito que vive a alma atormentada da personagem principal deste livro. O grande problema de Philip era a obsessão de viver no futuro. A dicotomia futuro/liberdade em oposição ao amor/presente. Estas dualidades resumem os seus conflitos emocionais e, talvez, os grandes conflitos de qualquer um de nós.
 
Talvez o sentido da vida se encontre algures entre o amor e a liberdade…
 
Espero que gostem. Este é mesmo muito especial!
 
Até breve**
 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sugestões para o Fim-de-Semana


Olá amigos,
 
fim-de-semana está à porta e apesar do frio que já vai tornando as noite ao ar livre pouco convidativas, este promete ser recheado de eventos muito apelativos. Aproveitem os próximos dias porque li algures que no Domingo as temperaturas mínimas vão descer entre três a cinco graus! (Imaginem o meu choque ao ler esta notícia.)
 
Tenho para vocês alguns eventos deliciosos:
 
Natal chega à Invicta  (Sexta-Feira)
 
Falta menos de um mês para o Natal e hoje o Porto vai encher-se de luz! É verdade, as iluminações natalícias que enfeitam mais de 40 ruas e praças da cidade vão acender-se hoje. O momento será assinalado na Avenida dos Aliados, às 21h30, junto da já tradicional árvore de Natal. Este momento simbólico será acompanhado por fogo-de-artifício, seguido de um concerto dos Retimbrar e abertura da pista de gelo que ocupará a placa inferior dos Aliados e contribuirá para as nódoas negras de pequenos e graúdos, até 27 de Dezembro.
 
 
Todos ao Axa (Sábado)
 
Este é o evento do Fim-de-semana! Para assinalar a devolução do Edifício AXA aos seus proprietários, a PortoLazer vai organizar uma festa de encerramento no dia  28 de Novembro, Sábado, que se prolongará por 12 horas consecutivas, entre as 16h00 e as 04h00 e se espalhará ao longo dos 7 pisos do edifício.
O programa incluirá concertos (alguns nas varandas do edifício), DJ sets, instalações (no interior e na fachada), performances, oficinas, workshops e várias outras surpresas, dentro e fora de portas. Aqui podem consultar o programa.
 
Up Street Porto (Sábado e Domingo)
 
Regressa também o Up Street Porto, mercado que junta obras e a presença de mais de 20 artistas de street art e da ilustração. Este mercado é uma mostra de irreverência, arte e cultura urbana, onde vários artistas vão expor o seu trabalho e contagiar os visitantes. Esta edição vai realizar-se no Edifício Montepio, também nos Aliados, e estará aberto no Sábado 28 de Novembro entre as 16h e as 00h, e no Domingo 29 das 16h às 23h.  Mais sobre este evento Aqui.

 Black Friday (Sexta-Feira)
 
Para alguns a melhor Sexta-Feira do ano, este evento americano já virou moda por cá! As promoções, em algumas lojas chegam aos 75% de desconto. Loucura. Não é muito o meu género de evento, demasiada confusão para o meu gosto e aquela demência consumistica faz-me um pouco de espécie. Ainda assim, é uma excelente oportunidade para fazer as compras de Natal para os nossos queridos.
Nem eu devo resistir a dar um saltinho a uma ou loja que já tenho em mente!  Mais sobre este evento Aqui.

Circo Voador  (Sexta-feira)

“Uma viagem onírica através do tempo e do espaço, onde as várias dimensões da arte — música, fotografia, vídeo e pintura — se fundem”.
Com esta descrição este evento conquistou a minha atenção e curiosidade. Vai realizar-se no espaço Plano B, esta noite, Sexta-feira e a entrada custa 5,00 euros.  Mais sobre ele Aqui ou na página do facebook do Plano B.

Temos ainda este fim-de-semana: Feiras/Mercados

Mercadilho dos Clérigos: (Sábado) Local: Rua de Cândido dos Reis. Horário: (segundo e último Sábado de cada mês) das 10h00 18h00;

Mercado Porto Belo: Mercado de Porto Belo tem lugar todos os Sábados na emblemática Praça Carlos Alberto, situada no centro do Porto, das 10h00 18h00;

Urban Market:  A acontecer nos dias 27,28 e 29 de Novembro, na belíssima Praça das Cardosas, das 11:00 as 19:00;

Mercado de Artesanato do Porto: Local: Praça Parada Leitão e nas traseira da Reitoria da Universidade do Porto. Decorre sempre aos sábados, das 10 às 18 horas;

Mercado Porto.come: Onde durante os próximos três dias, de 27 a 29, podem provar petiscos e vinhos, ver especialistas a cozinhar e comprar produtos regionais. Local: Alfândega do Porto.
Horário:Sexta-feira, 27: das 15 horas à meia-noite; Sábado, 28: do meio-dia à meia-noite; Domingo: do meio-dia às 21 horas;

Não percam por fim a oportunidade de visitar:


Esta é uma exposição desenvolvida num espaço de reconhecido valor histórico/arquitectónico onde poderemos conhecer as últimas criações dedicadas à arte de viver – arquitectura, design, artes decorativas, antiguidades, arte contemporânea…
Para além da exposição propriamente dita, encontram-se abertos ao público espaços de restaurante, coffee lounge e wine bar. Estes espaços são individualmente desenvolvidos por arquitectos/designers/marcas convidados, representativos da melhor capacidade criativa nesta área no âmbito de um ambiente global que proporciona ao visitante uma experiência envolvente.

Termina dia 29 de Novembro!!! No n.º 18 da Rua Nova da Alfândega, entre as 12h30 e as 22h30, e tem entrada livre!

Ufa que trabalhei! Quem é amiguinha, quem é?!

Por agora é tudo! Aproveitem e divirtam-se!

Até breve**
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Insólito processual


Olá amigos,

todos nós que lidamos diariamente com o Direito deparamo-nos com insólitos algo frequentes protagonizados por magistrados, porém, este vindo do Brasil é uma pérola criativa.
Consta, segundo notícia do JN, que um juiz brasileiro por impossibilidade de contactar um sujeito pelas vias legais para que este comparecesse em juízo, decidiu notificar a dita criatura através da aplicação WhatsApp!!
Malabarismo este que providenciou ao magistrado a prova de que o Arguido foi regularmente notificado, dado que este visualizou a mensagem... servindo essa recepção/visualização como prova.

Adorei! Sugestão ao legislador: Próxima alteração do CPP, artigo 113.º:

1 - As notificações efectuam-se mediante:

a) Contacto pessoal com o notificando e no lugar em que este for encontrado;
b) Via postal registada, por meio de carta ou aviso registados;
c) Via postal simples, por meio de carta ou aviso, nos casos expressamente previstos;
d) Editais e anúncios, nos casos em que a lei expressamente o admitir.  
...
f) Caso nenhuma desta formas resulte, é possível ainda como meio de notificação, sinais de fumo, uso de pombo correio, estafeta, Facebook, Viber, Whatsapp, Linkedin etc, mensagem numa garrafa, ou qualquer outro meio de comunicação desde que se verifique que a notificação foi recebida.

(Se a moda pega por cá, já estou a ver os constitucionalistas todos de cabelo em pé... isso para não falar nos ilustres penalistas hahhahhaa )

Até breve**

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Falta um mês para o começo do Inverno mas o frio gélido já chegou!

E vem cheio de saudades...
 
Olá amigos,

parece que o Verão de S. Martinho já bateu retirada e em vez dele chegou o primeiro nevão do ano... o mesmo é dizer que está um friozinho gélido e que por muito anos que viva cá no Norte, jamais vou aprender a apreciar.
Qualquer temperatura de um digito para o meu sangue madeirense é sinónimo de sofrimento. E não me venham cá com histórias da Carochinha sobre a beleza da neve nas serras, noites passadas à beira da lareira e romantismos invernais que não me convencem. Isto de andar feito novelo de lã, definitivamente não é para o meu esqueleto!
Porém, apesar de não simpatizar com passar o dia com tremeliques de frio e de andar vestida a imitar o bonequinho da Michelin, esta é a altura perfeita para abracinhos apertados que aquecem o corpo e a alma, para usar e abusar do chocolate quente, para tardes de sábado esticadinha no sofá com um bom livro e uma caneca de café por companhia. E... claro.... para me empanturrar de bombons Raffaello que são os doces mais m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s do mundo e que só estão à venda no Inverno!!!
 
Por isso coragem amigos e pensamento positivo que nas coisas menos boas existem sempre coisinhas deliciosas para se apreciar!
 
Até breve**
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vidas diferentes


Olá amigos,

à uns tempos atrás, na altura em que tinha o blogue em pousio, publiquei este texto no facebook, porém, agora que regressei, não quis perder a oportunidade de partilhar também aqui esta história. História essa que contínua a cativar o meu coração e a fazer coceirinha na minha curiosidade.
Já não é a primeira vez que me cruzo nas ruas do Porto com este homem. Desconheço a sua origem e história, sei apenas que é estrangeiro, que se faz acompanhar por uma marioneta e que a faz dançar ao som do que me parece ser uma caixa de música!
Ontem encontrei-o acompanhado por este pequeno raio de luz de cabelos doirados e olhos de mar, que presumo ser sua filha. Enquanto ele fazia a sua arte, ela encontrava-se confortavelmente sentada no chão, completamente alheada do burburinho citadino, a colorir um livro de desenhos. 
Entretida num mundo só dela, transmitia uma tranquilidade de plenitude e felicidade que era palpável! Este quadro fez-me parar durante uns minutos para os observar, todavia, continuei com eles muito tempo depois no pensamento.
Afinal, do quanto precisa realmente uma criança para ser feliz? Porque não duvidem, aquele raio de luz na simplicidade deste quadro que acabei de vos descrever, sem o que me parece possuir todos aqueles excessos que o consumismo nos faz acreditar serem essenciais para o desenvolvimento de uma criança, estava feliz. Serenamente feliz. Ela, uns singelos lápis de cor, um livro para colorir e o pai por companhia. Pareceu-me estar saudável, a brincar, a sua felicidade era evidente e sentia-se (estou  certa disso) segura.
E agora pergunto eu, não é isto que merecem todas as crianças? Quer-me parecer que mais do que isto é óptimo, com moderação claro, mas não deixa de ser acessório.

Até breve**
 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

13-11-2015


" Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que vendo não veem." 

José Saramago, em Ensaio sobre a Cegueira 


Sobre os atentados em Paris, muita coisa me apetece escrever sobre a natureza do Ser Humano... sei que seria um texto extremista a destilar intolerância e ódio. Sei, porque é isto que estou a sentir. Todavia, porque me recuso a deixar que os terroristas plantem no meu coração estes sentimentos, opto por me remeter ao silêncio. 

Liberdade, Igualdade e fraternidade.

Por hoje é tudo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Why So Serious?

 
"Let´s put a smile on that face"
 

Em relação à palhaçada situação política que se vive actualmente no nosso País... muita coisa se tem escrito, exaustivamente debatido, analisado e esmiuçado ao mais ínfimo detalhe e eu  poderia, muitíssimo bem, deixar-me levar por esta espiral.
Aliás, vocês sabem que sou menina para juntar-me feita soldadinho de chumbo enraivecida e marchar destemidamente ao lado deste rol de gente prodigiosa, transbordante de cultura e de intelecto desmesurável. Ah e claro, sempre prontamente disponível para prestar o seu valiosíssimo dever opinativo em prol de um bem maior!
Seria um manifesto de inegável beleza e profundidade, uma cratera de reflexões filosóficas e sociais, uma verdadeira bandeirola digna de estandarte!
Todavia, ao invés, optei por vos deixar estas palavras... bem mais sábias do que qualquer outras que tenho ouvido e lido.
 
Prestem atenção, isto é assunto da mais séria importância nacional...
 
A única crítica é a gargalhada

A única crítica é a gargalhada! Nós bem o sabemos: a gargalhada nem é um raciocínio, nem um sentimento; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma. E no entanto é o único comentário do mundo político em Portugal.
Um governo decreta? gargalhada. Reprime? gargalhada. Cai? gargalhada. E sempre esta política, liberal ou opressiva, terá em redor dela, sobre ela, envolvendo-a como a palpitação de asas de uma ave monstruosa, sempre perpetuamente vibrante, e cruel - a gargalha!
Política querida, sê o que quiseres, toma todas as atitudes, pensa, ensina, discute, oprime - nós riremos. A tua atmosfera é a chalaça.
 
Escrito por Eça de Queirós, em Uma Campanha Alegre, obra que reúne os folhetins publicados pelo escritor em As Farpas, 1890-1891.
 
Um ligeiro desabafo, desculpem, mas não resisto:
 
Temos o País e os políticos que merecemos. Mais do que um "país de brandos costumes", somos um povo que luta sentado, grita depois do leite derramado e discute nas redes sociais tão efusivamente que mais parece que as suas vidas dependem tanto disso como de H2O para sobreviver.
Enquanto os cães ladram corajosa e furiosamente protegidos por um muro espesso de tédio e comodismo, a caravana passa e o circo está montado!
 
A todos os que não votaram, a todos os que se esforçaram arduamente com o seu voto nulo ou em branco, sejam bem-vindos ao espectáculo a que somos agora convidados a participar! Façamos com empenho e orgulho a plateia gargalhar, é esse o derradeiro mérito e glória da nossa nova profissão.
 
Até breve**
 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Edifício Monumental



Olá amigos,

estou assim em modo saltitante feito pulga eléctrica! Este monstro arquitetónico que estão a ver nestas fotos, para quem não conhece, é o Edifício Monumental. Sito no coração da cidade, em plena Avenida dos Aliados, apesar da sua localização privilegiada e inegável beleza encontra-se ao abandono à já vários anos.
Desconhecia a história por detrás deste prédio, todavia, sempre que por ele passava, a sua magnificência prendia o meu olhar. Acreditem, este monstrinho ao vivo é imponente, mesmo para quem está habituado a conviver com este tipo de construções tão característicos da cidade Invicta.
Era com imensa tristeza, que o via derrogado ao abandono, deteriorando-se lenta e progressivamente ao longo dos anos. Por mais do que uma vez tentei imaginar que vida teria presenciado este edifício, que género de pessoas o frequentaram no seu tempo de apogeu, que segredos calam as suas paredes, que mistérios esconde até aos dias de hoje?
Este exercício criativo a que instigo a minha imaginação é algo que irresistivelmente faço sempre que estou perante edifícios históricos. Tenho absoluto fascínio por estas construções e esse é um dos principais motivos pelo qual a Cidade do Porto me colocou de joelhos aos seus pés sem o menor esforço. 
Existe um não sei quê de dramatismo poético que me encanta. Têm uma imponência visualmente agressiva e porém simultaneamente bela, que me traz à lembrança histórias de amores trágicos, romances ilícitos, mistérios, conspirações e traições que estimulam intensamente a minha curiosidade.
 
 
Adiante, que é focar este assunto e perco-me em divagações, o primordial deste post é que este edifício acomodou na década de trinta do século passado um dos mais luxuosos cafés da cidade, o Café Monumental. Café esse que chegou a ser considerado um dos mais bonitos da Península Ibéria, enchendo a cidade de glamour, fomentando o seu lado boémio, artístico e literato. Era um café-concerto como estava em voga na altura, chegando inclusive a ter duas orquestras em permanência, uma de dia e outra para as noites loucas que presumo que por lá se viveram...
Mas vamos à razão da minha excitação, o Edifício Monumental vai ser reconstruído!! Albergará um hotel e no seu piso térreo um café de luxo, aberto não apenas aos hóspedes do hotel mas devolvendo o espaço à cidade e às suas gentes... a algumas pelo menos...!
Por trás deste enorme investimento, está o empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, que promete (para bem da sua saúde) não alterar a fachada do meu monstrinho e transformar este hotel no mais emblemático do Porto.
 
Estes edifícios respiram a alma da cidade, conservá-los é manter a nossa identidade intacta, é uma herança que temos obrigação de preservar. 
Respeitar a nossa história, orgulhar-se daquilo que nos faz um povo, mais do que do Mundo, de um determinado local, é proteger e defender a nossa identidade. Saber de onde viemos, ajuda-nos a compreender quem somos e auxilia-nos a conduzir o nosso presente e o rumo que queremos dar ao nosso futuro. 
 
Até breve**
 

domingo, 8 de novembro de 2015

O Porto é...


"Para mim, o Porto não é um lugar, mas um sentimento"

Olá amigos, 

esta frase de Agustina Bessa-Luís define na perfeição o que o meu coração sente pela Cidade Invicta. O Porto é, como todas as grandes paixões, inexplicável. É um sentimento, uma emoção. Não é um local que se goste assim assim, é um bocado de chão que não deixa ninguém indiferente. Ou se ama ou se odeia. 
Desde 2004 que escolhi morar nesta cidade. Na verdade, foi ela que me escolheu a mim. Só esse motivo é capaz de explicar o que eu não sou capaz de o fazer...

"O que me prende aqui?"

Penso tanto nesta pergunta... porém, a sensação de pertença que tenho pelo Porto, é visceral. Estou certa de que sorrateiramente e sem vergonha nenhuma a invicta me enfeitiçou. 
Chego ao ponto de, por estar neste momento a trabalhar fora da cidade, sentir saudades de cá estar. Faz-me uma falta tremenda não viver diariamente o Porto. Isto apesar de voltar todos os dias, para esta terra que hoje em dia considero também como minha, nem que seja apenas para dormir! 
À onze anos a morar cá, já desisti de lutar contra este sentimento de pertença. Sei com uma certeza que não se explica, que Porto será sempre sinónimo de "Casa", mesmo que a vida um dia me leve para muito longe daqui. 

Até breve**