"Nunca devia ter-me conhecido
Muito menos ter-me dado a conhecer
Porque entre sentimentos e emoções
Deixei-me arrastar e agora não sei como me erguer!
Nunca devia ter-te levado nos meus pensamentos
E largar-te por eles a navegar,
Porque agora sinto-me inútil, frágil...
Muito desprotegida, sem saber onde é o meu lugar!
Nunca devia ter alimentado o desejo de outrora
Muito menos a esperança que não existia,
Nunca devia ter-te deixado entrar nos meus sonhos
E despercebidamente, destruir o pouco que havia!
Nunca devia ter-te inventado
Num mundo meu cheio de fantasia
Que nos dias de hoje é o meu suplicio
E me sufoca, quer seja noite, quer seja dia!
Pergunto a alguém superior esperando que responda,
Se tudo o que senti foi quimera em vão
E se tudo o que existiu nesse tempo
Não moveu nem um pouco teu coração!
Mas a única coisa que eu recebo
Seja noite, seja dia, seja inverno, seja verão...
É uma lágrima ténue
Que apenas provoca desgosto e solidão!
É a lágrima ténue, aquela que escorre frágil
Molha meu rosto, percorre meu leito...
Cai no chão, faz-me pensar no que passou
E no quanto fui apenas verso sem proveito!"
Poesia escrita por: Carina Rocha, no blogue, http://carinamix.blogspot.com/