"Sentir todos sentimos, mas colocar sentimentos no papel não está ao alcance de todos, é um dom. Quer se queira, quer não.
Tu tens esse dom e é maravilhoso ler-te, em especial quando escreves a sentir. O que conquistaste é merecido e este momento tem de ser desfrutado, é um marco na tua vida que nada nem ninguém pode apagar.
Os meus parabéns, amiga. É um orgulho ler-te em páginas que agora são do mundo.
Um beijo gigante para ti.
Não importa o quanto dura, importa é saber que um dia existiu."
Olá amigos,
Este texto que coloquei no início desta mensagem, é um comentário que um amigo muito querido ao meu coração, fez a este post que escrevi.
O motivo pelo qual decidi usar este comentário e não outro, (entre tantos que recebi) é simples. Esta pessoa foi a principal responsável por ter criado o meu blogue.
Até conhecê-lo nunca tinha pensado sequer na possibilidade de expor publicamente as coisas que escrevo.
Até conhecê-lo nunca tinha pensado sequer na possibilidade de expor publicamente as coisas que escrevo.
Não foi ele que me disse: "Cria um blogue", mas foi a escrita dele que me fez ter vontade de o fazer. E foi por inspiração do seu próprio blogue, que me fez desejar também partilhar com o mundo as minhas inquietações.
A 16 de Janeiro de 2008 nasceu o meu primeiro "papel virtual".
Faltava-me até aí a coragem para me expor perante todos. Vivia a insegurança sentida de quem nunca pensou escrever nada de jeito que fosse digno de publicação. E o medo de não ser bem aceite por quem me lia limitou-me durante muito tempo.
Passados 4 anos, abandonei Neverland e criei este novo blogue. Deixei de assinar como Sininho e passei a fazê-lo como Retalhos de Sonho. Tanta coisa mudou deste o dia 16 de Janeiro de 2008, mas mantive-me fiel às minhas ideias e às minha convicções. Cresci com o tempo e perante vós.
Hoje escrevo sem medo de me expor. Escrevo porque este "dom" é uma necessidade que muitas vezes gostava de não ter. Porque só há uma maneira de se escrever sobre sentimentos, é atrevendo-se a derrubar as paredes que colocamos à volta do nosso Ser. É deixar o verdadeiro eu, prevalecer sobre o eu social.
É por isso que costumo dizer que quando escrevo, não sou eu que o faço mas o eu que quase ninguém conhece.
É por isso que costumo dizer que quando escrevo, não sou eu que o faço mas o eu que quase ninguém conhece.
E porquê que digo que por vezes gostava de não ter este "dom"? porque ele torna-me um alvo fácil. Porque por causa dele, o meu coração anda muitas vezes constipado.
De qualquer forma, eu continuo a achar que por amar vale a pena sobreviver a tanto resfriado!
Demonstrar os meus sentimentos tal como eles são torna-me uma pessoa emocionalmente saudável. Equilibrada. E que a longo prazo vai-me poupar muitos arrependimentos.
Demonstrar os meus sentimentos tal como eles são torna-me uma pessoa emocionalmente saudável. Equilibrada. E que a longo prazo vai-me poupar muitos arrependimentos.
Se há sentimentos que não deveríamos nos envergonhar de sentir e de o espalhar é precisamente este.
Por isso, quero aproveitar para agradecer a todos os comentários que recebi à publicação do meu poema (Vocês são demasiado generosos para comigo!).
Termino este post que já vai longo de mais, dizendo-vos que não escrevo para os vocês. Escrevo essencialmente para mim. A escrita mais do que um gosto, é uma necessidade.
Mas é por saber que vocês que estão desse lado acompanham-me através das letras, nesta jornada que se chama vida. Por sentir que gostam do que escrevo e que demonstram-me isso com comentários deste género, (que me enche o ego de orgulho) que chego a esta feliz conclusão: vale a pena continuar a partilhar todos vós a melhor parte de mim.
