Inicialmente tinha em mente só escrever um post sobre este assunto. Mas ao chegar a casa e ver no telejornal a selvajaria que se passou em frente à Assembleia da República deixou-me absolutamente furiosa. Depois de uma hora a levar com pedras arrancadas da calçada, depois de terem avisado que ia haver carga policial, tendo aconselhado as pessoas a dispersar, aquela gente continuou a causar confusão, a apedrejar os agentes, a incendiar e destruir bens públicos e privados, mas está todo o mundo a ficar maluquinho!?
Isto não é uma manifesteção, é um bando de arruaceiros, com muita sede de sangue! Talvez se usassem essa disposição para trabalhar, não precisassem de se estar a manifestar.
Investir contra a polícia, pessoas tal como nós, que estão assim como todos os portugueses a sofrer com a crise, é um contrassenso sem medida. Aposto que o coração de muitos, se não de todos aqueles agentes estava ao lado daqueles manifestantes, todavia, estes têm um dever a cumprir. E cumpriram-no. E bem... até os achei bastante comedidos...
Revolta-me profundamente não só estas greves violentas, contra policiais que estão apenas a cumprir o seu dever, mas a cobardia de alguns manifestantes esconderem as suas caras por detrás de máscaras enoja-me.
Nem têm a coragem de dar a cara por algo que acreditam. Escondem-se para causar confusão, não para lutar por direitos.
Comparar estas greves com as que se viveram em outras épocas de grande crise no nosso país, é um ultraje! Nunca vi um "capitão" de Abril esconder a face. Estes sim, defendiam os seus direitos, lutavam por um Portugal melhor, livre e conseguiram. Não precisaram de esconder a sua identidade. Porque estes eram homens e mulheres que lutaram por um ideal nobre, orgulhavam-se de defender o que acreditavam, e era com coragem que enfrentavam o regime e as represálias a que eram sujeitos.
Agora ao ver estes arruaceiros mascarados fico com a impressão que eles, enganaram-se quer na época quer no local. Carnaval já à muita que lá vai e a Assembleia da República não é um circo para tanto palhaço actuar... já chega os que estão diáriamente lá dentro...
Até breve**