quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quem tem irmãos tem uma mão cheia de sarilhos mas nunca está só na vida

Olá amigos,

hoje parece que é o Dia dos Irmãos! Confesso que desconhecia que este dia existia, mas se querem que vos diga, agora que sei, jamais vou esquecê-lo. 
Irmãos, aí está um tema interessante e que tem muito que se diga do assunto. Por experiência, são relações sempre muito intensas!
Eu e a minha irmã, temos dois anos e meio de diferença. Consta que ela é a mais velha, porém, muitas vezes tenho a sensação que a mais velha sou eu, outras tantas que sou a pequenita dela. Somos tão diferentes fisicamente, ela sai ao pai, eu à mãe. Psicologicamente, então é um abismo de diferenças. Em garotas tanto nos comportávamos como cão e gato como unha e carne. 
Sempre existiu um amor incondicional entre nós, amor de irmãs. É um sentimento que não se explica. E que não existe outro igual ou maior. Ela é um bocado de mim. Tão simples quanto isso.
Costumo dizer que tenho o meu "Eu" dividido em 3 partes estruturais, o meu pai é a minha coluna vertical, a minha mãe o meu coração e a minha irmã, essa, é a menina dos meu olhos. 
Fomos e somos muito próximas, mas foi com a maturidade que nos tornamos amigas, e apesar de termos morado juntas a maior parte da nossa vida, só quando passamos a viver separadas é que nos tornamos confidente uma da outra. 
Se não a vejo todos os dias, tenho pelo menos de falar com ela. Não é uma obrigação, é uma necessidade. Preciso de saber se ela está bem, preciso de ouvi-la, se não posso vê-la. Só assim o meu dia fica completo.
Temos personalidades muito fortes. E fomos educadas para sermos meninas do nosso nariz, independentes e chocamos imenso durante os anos por causa dos nosso feitios. 
Vivermos juntas, só nós as duas durante o tempo da faculdade foi uma aprendizagem engraçada...! Mas foi com ela que aprendi a gerir uma casa, a cozinhar e a desenvencilhar-me sozinha na vida. A ser auto-suficiente. Sabia que a tinha sempre na minha retaguarda, mas ela cortou definitivamente o meu cordão umbilical. 
Ao passo que os meus pais tentaram sempre proteger-me do mundo, caminhado se não à minha frente, ao meu lado, a minha irmã atirou-me aos leões. Ela sabia que eu precisava desse empurrão, e tenho a certeza que ela sempre soube que eu seria capaz, mesmo se eu própria duvidava. 
É até hoje, a pessoa mais dura comigo. Mas é também o meu catalisador. E eu sei que em relação a ela, eu também funciono da mesma forma. 
Já passamos por tanta coisa juntas, boas, más, e assim assim, e espero que muitas mais venhamos a passar. Apesar de o futuro se mostrar assim meio para o negrito, não tenho medo dele, eu sei que ela vai estar sempre perto de mim, e que as minhas dificuldades não são só minhas mas nossas. Assim como as dela, não são só dela mas minhas também. 
Juntas sempre, esse é o nosso lema. E não é por estarmos unidas que o nosso caminho se torna mais fácil, é na força para continuar a caminhar que essa união se torna fulcral.

Por isso neste dia que se celebra os irmãos, resta-me apenas dizer-te uma coisa: 


Ontem, hoje e sempre.

Até breve**