segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vidas diferentes


Olá amigos,

à uns tempos atrás, na altura em que tinha o blogue em pousio, publiquei este texto no facebook, porém, agora que regressei, não quis perder a oportunidade de partilhar também aqui esta história. História essa que contínua a cativar o meu coração e a fazer coceirinha na minha curiosidade.
Já não é a primeira vez que me cruzo nas ruas do Porto com este homem. Desconheço a sua origem e história, sei apenas que é estrangeiro, que se faz acompanhar por uma marioneta e que a faz dançar ao som do que me parece ser uma caixa de música!
Ontem encontrei-o acompanhado por este pequeno raio de luz de cabelos doirados e olhos de mar, que presumo ser sua filha. Enquanto ele fazia a sua arte, ela encontrava-se confortavelmente sentada no chão, completamente alheada do burburinho citadino, a colorir um livro de desenhos. 
Entretida num mundo só dela, transmitia uma tranquilidade de plenitude e felicidade que era palpável! Este quadro fez-me parar durante uns minutos para os observar, todavia, continuei com eles muito tempo depois no pensamento.
Afinal, do quanto precisa realmente uma criança para ser feliz? Porque não duvidem, aquele raio de luz na simplicidade deste quadro que acabei de vos descrever, sem o que me parece possuir todos aqueles excessos que o consumismo nos faz acreditar serem essenciais para o desenvolvimento de uma criança, estava feliz. Serenamente feliz. Ela, uns singelos lápis de cor, um livro para colorir e o pai por companhia. Pareceu-me estar saudável, a brincar, a sua felicidade era evidente e sentia-se (estou  certa disso) segura.
E agora pergunto eu, não é isto que merecem todas as crianças? Quer-me parecer que mais do que isto é óptimo, com moderação claro, mas não deixa de ser acessório.

Até breve**