terça-feira, 1 de março de 2011

Palavras que podiam ser minhas


Olá amigos,

No ultimo post que publiquei aqui no blogue foi sobre as cartas de Florbela Espanca. Havia um carta em particular que queria muito ler na integra.
Descobri que esta tinha sido escrita em Évora, em 10-7-1930 e dirigida a Guido Battelli.
O meu interesse por esta carta em particular é motivado por este pequeno excerto:

"...O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades...sei lá de quê!" 

Foi ao ler esta frase que encontrei por mero acaso numa pesquisa aleatória no Google, a cerca de uns 5 anos atrás, que despertou a minha curiosidade por Florbela Espanca.
E despertou, porque apesar destas palavras serem a poetisa a descrever-se a si própria, senti que as escrevia como se estivesse a descrever-me a mim!

Esta frase resume a essência do meu verdadeiro Eu. O Eu que poucos conhecem. O Eu que muito pouco compreendem.
Estas palavras sou Eu sem acrescentar ou diminuir uma virgula.

Até breve**