segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As terças com Morrie


Olá amigos,

Para acalmar os ânimos que o meu anterior post originou, cá está a sugestão literária para o Mês de Outubro. 
Ao contrário de todos os outros livros que tenho apresentado aqui, este já o li à algum tempo, tendo inclusive já falado sobre ele. 
Decidi repescá-lo do meu anterior blogue, porque acho que é um exemplar perfeito para ler-se neste momento, de grande dificuldade financeira e emocional a que estamos sujeitos. 
Não tem lá a solução para os problemas que enfrentamos. Mas talvez ajude a colocar em ordem as nossas prioridades. O que realmente importa no final? E que tipo de vida queremos viver enquanto aqui estamos? 
É verdade que vivo intensamente os livros que leio, alguns com mais fervor que outros, claro.
Mas nem todos marcam a minha vida. Na verdade, a maioria são apenas uma forma de entretenimento.
Porém, outros ajudam-me a pensar. Ensinam-me a ser um ser humano melhor. 
O "Into the wild", trouxe para a minha vida uma máxima que sigo religiosamente: " A felicidade só é real quando partilhada." 
Esta, não é simplesmente uma frase que utilizo com frequência, mas é sobretudo a forma como encaro a vida e consequentemente, como me relaciono com os meus semelhantes. 
Quanto a este livro, Morrie a certa altura diz: " É preciso aprender a morrer para aprender a viver"
Podia ter referido muitas outras frases deste livro, mas esta marcou-me de forma especial.
Porquê? Porque já a vivenciei. Porque sei-a ser tão real como eu estar aqui viva neste momento. 
Todos nós sabemos que vamos morrer, mas não pensamos muito nisso. Recalcamos essa informação e vivemos como se fôssemos imortais, com todo o tempo para viver!
Apenas aprendemos verdadeiramente a viver, quando temos um encontro directo com a morte. 
Quando a vida, Deus ou o que quer que acreditem, nos coloca perante a possibilidade do nosso fim ser mais do que uma verdade, mas uma realidade eminente, trás com ela um sentimento esmagador de desespero e impotência indescritível! Tudo muda a partir daí! 
Este contacto directo aconteceu-me aos 14 anos. E por estranho que vós possa parecer, foi a melhor coisa que me aconteceu! 
Hoje com 26 anos, sei que não foi a vida, mas sim a morte que me mostrou o tipo de pessoa quero ser, e que género de vida quero construir. 
Este livro, aponta o mesmo caminho que a morte me mostrou. 
Não pretendo ensinar-vos nada. Longe de mim tal presunção. Até porque, tenho como convicção que só a vida ou a morte é capaz de ensinar o quer que tenhamos de aprender. 
Deixo-vos apenas uma coisa para pensarem...
Não vivam presos no passado. Este ficou para trás! Bem ou mal, já foi vivido. Aprendam com ele, mas não o revivam continuamente. 
Nem vivam em função de um futuro incerto, mas não deixem com isso de sonhar, nem de fazer planos. Apenas não protelem o que podem e devem fazer hoje com a esperança de o fazerem em breve. Este é o maior erro da humanidade... pensar que controla o tempo. O tempo que temos é agora. O futuro é uma mera probabilidade!
Por isso, tentem vive no presente e para o presente. É nele que todos existimos. É nele que estão as pessoas que amamos. E é apenas no nele que temos algum controle sobre a nossa existência. 
É O hoje que vale a pena viver!!! 
E uma ultima coisa, coleccionem afectos. Porque quando a morte vos olhar nos olhos, é deles que se vão lembrar, e não do carro xpto que pouparam uma vida inteira para comprar. São apenas acessórios. O dinheiro é fundamental, mas não deixo que seja ele o motor da minha maquina. 

Leiam garanto que não se vão arrepender!

Até breve**

(Obrigada mana, por me teres insistido para que lesse este livro)