sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A acontecer no Porto III


Meus amores, ainda estão desse lado ou já se cansaram desta má disposição de S. Pedro e emigraram para os trópicos?
Caso ainda estejam por cá a congelar, tenho algumas sugestões natalícias para os próximos dias. Faltam precisamente quatro fins-de-semana para o Natal e eu já começo a pensar em prendinhas para os meus pequenos póneis. Se vocês também já começaram a queimar os neurónios à procura do presente perfeito, se gostam de oferecer coisinhas diferentes, recorrer a artigos artesanais é uma excelente ideia. 
E que melhor lugar para encontrar um mundo destes miminhos que numa feira? Pois este fim-de-semana deixo-vos não uma, mas quarto que vão acontecer nos próximos dias no Porto:

1* Christmas Bazaar:


No dia 01 de Dezembro, no Hotel Intercontinental Palácio das Cardosas, podem visitar este mercado. Podem contar com 60 expositores que reunem uma oferta de marcas "premium" em áreas como a moda, a beleza, a decoração e a arte. 
Haverá ainda momentos musicais, workshops, demonstrações de dança, sessões de showcooking e a apresentação de jóias de autor. 

"Os cerca de 60 expositores são seleccionados criteriosamente de forma a assegurar a qualidade e a diversidade de artigos, pelo que este será o espaço ideal para encontrar presentes diferentes daqueles que são vendidos nas grandes superfícies, ao mesmo tempo que se descobrem e apoiam outras marcas."

A entrada é gratuita. 

2* Stock Fashion Alfândega:


Nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro, há artigos de marca a baixo custo no edifício da Alfândega do Porto. Desde roupa, calçado, acessórios e decoração, perfumaria, artigos de cozinha e jogos de computador e Playstation fazem parte da lista de possibilidades, a escolher.
É possível visitar esta feira das 10h00 às 20h00, porém tem um custo de 3 euros de entrada. Ainda assim, acho que vale a pena! 

3* Mercado Oitocentista:


As ruas de Cedofeita e da Miguel Bombarda vão viajar no tempo no dia 30 de Dezembro, das 11h00 às 19h30. Além de dezenas de pessoas vestidas com trajes de época, a lista de 100 barraquinhas que vão estar montadas inclui artigos de artesanato, petiscos e velharias. 
Haverá também animação na rua, com a actuação do Rancho Folclórico do Porto e da equipa Cedofeita Viva, organizadora do evento, assim como castanhas assadas, contos para crianças, jogos tradicionais.
O programa inclui ainda duas rotas pedonais em Cedofeita e no Bairro das Artes, com um percurso pelos 200 anos de história desta zona, e performances literárias pelos actores Margarida e Nuno Meireles.

Entrada livre e esta não perco por nada!

4* Mercadinho dos Clérigos:


Mensalmente a Rua de Cândido dos Reis transforma-se num mercado e desta vez o evento calha no dia 30 de Dezembro, ou seja, amanhã, das 10h00 às 20h00. 
Podem encontrar peças de artesanato urbano, decoração, antiguidades, produtos biológicos e barraquinhas de gastronomia bem apetitosas. Além disso, o espaço é habitualmente dinamizado com música e actuações. 
Caso S. Pedro se lembre de fazer das dele,  e o tempo não permitir esta feira ao ar livre, o mercadinho realiza-se no interior do Plano B.

A entrada é livre.

Espero que gostem das minhas sugestões! As feiras são uma forma de encontrar bons presentes, a preços bastante em conta. Além do que podem comprar peças artesanais, verdadeiramente unicas e especiais. São dos meus locais favoritos para procurar prendinhas!! 

Até breve**

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Eu e as greves...

Estava já a começar a estranhar.... um mês sem greve dos senhores da STCP?! Será que estamos perto do juízo final? Afinal não! Só para me deixarem descansadinha da vida e garantirem que o encontro com o divino ainda não é hoje, decidiram fazer gazeta greve. Digam lá se eles não são uns fofos? 
Entenda-se, não tenho nada contra este Direito. Acho-o até um dos que deve ser mais protegido pela nossa Constituição. O Direito à greve, à indignação livre é um dos grandes pilares da democracia e de um estado de direito. 
Coisa diferente é utilizar este mecanismo como se fosse a coisinha mais banal do mundo. É que a questão não está só no facto de atrapalhar a vida de muita gente que precisa de ir trabalhar, mas quanto à ressonância destas paralisações.
Antes uma greve colocava o País em suspense, as pessoas deslocavam-se aos locais de trabalho, embora sem trabalhar, ficavam a reivindicar por aquilo que acreditam ser justo e  devido por direito. Agora o que se vê é uma minoria de gatos pingados a fazer isto. O resto do povo que tão convictamente enche a boca a favor da greve, depois aproveitar a ocasião para ter um dia de descanso, no quentinho do lar com uma caneca de café a barafustar contra a televisão. 
Se me esforçar até consigo compreender... está um frio dos diabos para andar na rua... e se forem funcionários da função publica, ainda consigo ser mais solidária. Afinal mais uma hora de trabalho, é um canseira tremenda... e uma pessoa demora a habituar-se as estas modernices!
Ainda assim, pese embora compreenda o que leva os portugueses a fazer sorna greve em dia de paralisação de determinado sector, já me surpreendo se passo muito tempo sem uma. Chego a sentir uma certa ansiedade até... 
A questão é esta, acho o Direito à greve uma garantia constitucional admirável e que de facto a todos enquanto cidadãos livres assiste utilizá-lo. O que me incomoda, além de me dificultar imensamente o dia, é ver desvirtuar-se um Direito Fundamental tão importante e que custou tanto a adquirir. 
Ocorre-me sempre um pensamento quando anunciam uma nova greve: "Enquanto os cães ladram... a caravana passa...". E isto só acontece porque a frequência com que se tem abusado usado este direito, transformou-o num acontecimento tão banal que dá sono. Retirou-lhe a força e o impacto. Hoje em dia uma greve preocupa tanto um governo quanto um pincher a rosnar raivoso.

Até breve**

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Recadinho a quem interessar III


É tão simples quanto isto, odeio a palavra saudades. Ela lembra-me todos aqueles que estão longe e que queria perto. É sinónimo de distância, separação. Provoca suspiros que se ouvem a léguas. E enevoa os meus olhos com uma melancolia que é capaz de gritar tudo aquilo que a minha voz luta por calar.

Se tive saudades tuas?  Claro que não! Só do teu cheiro, da tua voz, do teu sorriso, de nós. Agora tuas, tuas não...



Saudades, odeio-te,

Atenciosamente,

Atreve-te a Sonhar*

sábado, 16 de novembro de 2013

Das coisas simples da vida


Ontem foi um dia cheio de surpresas e esta foi a mais doce delas! Em conversa com os meus pais à uns dias atrás fiquei cheinha de pena de não estar na Madeira. Lá em casa era dia de festejar o pão-por-deus. Claro que para me animarem disseram-me que também podia comprar umas castanhas e umas nozes e fazer aqui a festa.
Porém, este é daqueles costumes que só faz sentido fazer com a minha família, todos juntos à volta da mesa a partir as nozes, a comer as castanhas cozidas com erva doce, tudo misturado com muita balburdia e animação. 
Isto lembra-me a minha infância, os saquinhos que a minha avó fazia para mim e para a minha irmã levarmos o pão-por-deus para a escola e no final do dia festejarmos todos juntos.
Tendo notado que fiquei triste, em segredo arranjaram forma de me fazer chegar um bocadinho de amor em forma de frutos secos!
Não vos consigo transmitir a alegria que tive quando me entregaram uma "encomenda" vinda da Madeira por parte da minha família. Soube imediatamente que era isto mal peguei nela! 
Um gesto tão simples, mas que me encheu o coração de muito calor e fez-me sentir tão imensamente especial, tão querida por aquelas três pessoas que são todo o meu mundo! Foi como receber um bocadinho delas. 
Isto meus amigos é amor em estado puro e não existe riqueza suficiente que fosse capaz de naquele momento fazer-me tão feliz quanto este miminho!

Obrigada aos três e nunca é demais dizer-vos que para mim só existe um amor incondicional, o nosso!

Até breve**

Todos os Nomes


Olá amigos,

queria que este livro tivesse sido a sugestão literária do mês passado, até porque fez em Outubro 15 anos que Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura. Infelizmente não o consegui acabar a tempo, motivo pelo qual ficou em falta a minha sugestão mensal literária do mês passado...vá, podem atirar pedras, eu deixo!!  
Em relação a este livro, gostei mas ficou aquém das minhas expectativas. Não teve o mesmo impacto em mim que "As Intermitências da Morte", nem me inquietou como em "Caim", nem me tocou pela enorme clarividência como o fez com o "Ensaio sobre a cegueira" ou com o "Ensaio sobre a lucidez".
Ainda assim versando sobre um dos temas primordiais de Saramago, a condição humana, a vida e a morte, maravilhou-me novamente pela ausência de nomes próprios das personagens, tal como em "Ensaio sobre a Cegueira". 
Porém, neste livro existe uma excepção, o protagonista, o Sr. José! Os restantes intervenientes do romance são identificado como "a senhora do rés-do-chão", "o pastor de ovelhas", "o marido ciumento" etc.
Este recurso narrativo utilizado por Saramago reforça a universalidade do tema; Sem ter nome próprio a personagem torna-se universal, ou seja, naquela "pessoa" cabe todos e cada um de nós. Abarca indiscriminadamente todo o universo humano. Enquanto que ao se atribuir um nome próprio a uma personagem torna-as únicas, individualizadas. Isto é brilhante!! Algo que nunca tinha pensado até começar a ler os livros deste escritor.
Gostei também de logo no inicio do romance, Saramago chamar a atenção do leitor para o facto de conhecermos o nome que nos deram, mas não conhecermos o nosso verdadeiro nome. Eu explico melhor o que Saramago quer dizer com isto, com esta citação magnifica e que foi a causa de eu ter querido ler este livro:

 "... a pele é tudo quanto queremos que os outros vejam de nós, por baixo dela nem nós próprios conseguimos saber quem somos."

Não posso falar por vocês, mas para mim, esta frase é daquelas verdades indiscutíveis e indissociável da natureza do ser humano. Admitamos ou não, tenhamos ou não consciência disso, acredito que deixamos apenas os outros ver o que queremos que eles vejam, passamos o resto do tempo a tentar descobrir quem somos. Quem verdadeiramente somos...
Já me perdi em divagações! A culpa é de Saramago!!! Voltando ao livro, achei a ideia de mudar as placas dos nomes das campas por outros que nada tem a ver com quem de facto lá "mora" bastante interessante. Quanto mais penso nisto, mais sentido faz.
Por muito estranho que pareça, a argumentação do escritor para este comportamento que à partida pareceu-me desrespeitoso e insultuoso, faz muito sentido (deixo isto em aberto para que vocês descubram a justificação quando lerem o livro).  
Resumindo, é um bom livro, muito bom mesmo. Apenas não tão brilhante quando esperava.
Sendo justa, isto é porque de Saramago espero sempre ser arrebatada com perspectivas tão diferentes de realidades corriqueiras que nunca, nunca me passaria pela cabeça processa-las daquela forma, todavia, depois de ler a argumentação do escritor, estas passam a fazer todo o sentido... por muito doido que à partida possa parecer!
É justamente isto que me faz adorar a escrita de Saramago, a capacidade de me forçar a pensar. De me questionar. A possibilidade de repensar realidades que tinha como assentes, como indiscutíveis, sob uma perspectiva tão diversa mas ainda assim, tão lúcida que é impossível continuar a encarar as
mesmas da mesma forma. Isso para não falar do sentido de humor deste homem... tão finamente sarcástico que é um deleite para quem gosta deste tipo de humor.
Para terminar (que este post já vai demasiado longo) se nunca leram Saramago, não comecem por este. Mas se são apreciadores da escrita deste grande senhor, sugiro uma considerável dose de persistência... é que este obriga a uma certa ginástica mental!

Espero que gostem,

Até breve**

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Esclarecimento





Queridos pais,

achei por bem transmitir-vos estas mensagens com tempo suficiente para vocês se irem habituando...

Se não me encontrarem no berço não se preocupem, nem chamem a polícia. O mais certo é estar a curtir a noite com a tia S. ou com o tio P.
Quando chegarem a casa e encontrarem as paredes pintadas com marcador, não vale a pena procurarem-me dentro dos armários, estou escondido na casa dos avós!
Se me obrigarem a fazer o que não quero, vão ter problemas com os meus padrinhos. 
E se me castigarem, estejam certos que vou fazer queixa a estas pessoas acima referenciadas e vocês vão estar metidos em maus lençóis!! 

Alguma dúvida? Não? Optimo, começamos bem então!

Atenciosamente,

O vosso Baby D***

domingo, 3 de novembro de 2013

Grande Mia Couto

 
Ontem foi um dia feliz para a língua de Fernando Pessoa! Mia Couto foi distinguido com o prémio internacional de literatura Neustadt. Este é nada mais nada menos que considerado o prémio Nobel norte americano!! E eu estou muito feliz por este ter sido entregue a alguém que usa a nossa linda língua para se exprimir, mas especialmente por esse alguém ser Mia Couto, que é um dos meus escritores favoritos.
Em declarações, o escritor moçambicano realçou a importância deste prémio ter sido entregue a um escritor de língua portuguesa para “despertar interesse e atenção” para outros idiomas que não o inglês. 
Mia Couto dedicou este galardão à família e a Moçambique, considerando este uma espécie de "contracorrente" que contrabalança com a situação crispada e de enorme tensão que se vive na sua terra com a ameaça de nova guerra civil.
 
Novembro começa bem!!
 
Até breve**
 

sábado, 2 de novembro de 2013

Novembro?! De certeza?!


Ontem tive uma epifania e foi assustador:
 
Já estamos em Novembro.
O Natal está à porta.
Este ano está a terminar.
e... 2014 espera-me ao virar da esquina! 
 
O que é isto minha gente?! Estou convencida que a troika anda a reduzir também a quantidade de dias por mês. A retirar horas aos dias. E nós é que ainda não demos conta...
 
É que é a única explicação para a forma como este ano voou!
 
M-e-d-i-n-h-o!!