segunda-feira, 21 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto...as que escrevo para ti III


(...)

Soube que estava perdida quando depositaste suavemente um beijo na ponta do meu nariz e me segredaste docemente ao ouvido, quase de forma tímida... "vamos dormir?"
Ao som destas palavras sou capaz de jurar que ouvi a nossa música tocar e com ela estes últimos meses desvaneceram-se como se nunca tivessem acontecido.
Estendeste-me a mão, abraçaste o meu corpo nos teus braços e olhaste-me demoradamente. Toquei-te no rosto e reconheci uma expressão tão característica tua... e se tinha alguma dúvida do que ela significava, as palavras obscenas que me sussurraste de seguida tiraram-me qualquer dúvida!! 
Agora escrevo-te esta carta enquanto dormes do meu lado. Tão profundamente que nem te mexes quando te acaricio os cabelos. Como tinha saudades de mimar esses fios de ouro com a ponta dos meus dedos...
Olho-te assim adormecido do meu lado e sei que por muito lamechas que isto pareça,  felicidade é isto! 
E deixo escapar um sorriso ao relembrar as tuas últimas palavras antes de o sono te vencer... estou certa que estas me perseguirão todos os dias:

"Só consigo dormir bem contigo. Sinto-me tão cansado sem ti."

Também eu, meu amor. Também eu...

Recadinho a quem interessar VII


"Acordamos sempre de mãos dadas. Já reparaste? É como se até nos sonhos precisássemos de estar juntos. Adormeço e levo-te comigo, mão na mão, para que nenhum caminho que faço, mesmo o que acontece por dentro do meu inconsciente, se faça sem ti."

sábado, 19 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto... as que escrevo para ti II

(...)

Sempre acreditei que existem palavras que se devem dizer com os olhos e não com a boca. Amo-te é uma delas. E eu amei-te, oh como te amei. Amei até todos aqueles defeitos que me irritam em ti. 
Amei-te a ponto de deixar-te sempre livre, para que tomasses as tuas próprias escolhas, a mim restava-me esperar que essas te conduzissem até mim.
Amei-te sem nunca tentar fazer-te meu. E se isto não é amor não sei mais nada desta vida. 
Hoje estou certa que não se sente este sentimento duas vezes. Com sorte, muita sorte, consegue-se sentir uma. Tal como estou certa, que escrevi a palavra "amei-te" no pretérito, tal como podia ter escrito no presente ou no futuro. Porque quando penso em ti, esta palavra encaixa na perfeição nos três tempos verbais. Amei-te, amo-te e amar-te-ei. Tão piroso isto, mas que queres? Amar-te deixa-me assim.
Voltar a ver-te, estarmos novamente juntos depois destes meses de afastamento têm sido horrível. Oh deliciosamente horrível...
Mas foi estranho, sei que também o sentiste. Aqueles instantes iniciais, a dúvida se te beijava na boca ou no rosto, tentar ter uma conversa banal, falar de superficialidades... e depois o silêncio. Silêncio constrangedor... desde quando é que esta ausência de som que era tão confortável entre nós se tornou incómoda?! Ralhei-te sem motivo e riste-te do meu mau humor. Odeio o teu riso, sabes? odeio, odeio, odeio de tanto que o amo.
Seguraste-me no rosto e obrigaste-me a olhar-te. E com aquela segurança na voz que sempre me fascinou, perguntaste-me se realmente queria ouvir tudo o que calaste durante estes meses?
Respondi-te que não... Não precisava de as ouvir, todo o som que queria naquele momento era-me transmitido pelos teus olhos, pelo teu sorriso e pelo calor do teu abraço apertado e cada um destes pequenos bocados teus gritavam tão alto que envergonhariam as tuas potentes cordas vocais.

(...)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Todas as cartas de amor são ridículas, excepto... as que escrevo para ti I


Preciso descobrir que feitiço me lançaste. 
Como é possível que o simples facto de voltar a ver-te tenha este efeito em mim? É que nem preciso estar no mesmo espaço físico que tu. Basta-me sentir a tua presença, saber-te perto e todas as muralhas que construí à minha volta desde que partiste, desmoronam como se fossem simples grãos de areia. 
Ajuda-me! Porque sozinha não consigo encontrar uma explicação lógica para depois destes longos meses separados, o simples roçar dos teus lábios no meu rosto continue a fazer-me esquecer que existe mundo para além de nós.
Responde-me por favor, como é que o teu sorriso mais banal consegue ainda endoidecer o meu coração a ponto de este bater tão violentamente que receio até que se consiga fazer ouvir?
E porquê que é apenas nos teus braços que me sinto novamente "eu"? Abraçar-te é como voltar a casa depois de uma longa e exaustiva viagem.
Oh que saudades tinha desta sensação de pertença... 
Tento em vão descobrir quando é que te dei este poder sobre mim, que me torna completamente, estupidamente aparvalhada!
Pertença?! que ridículo! Eu que sempre aspirei a liberdade dou-me conta ao reencontrar-te, que te pertenço. É tão simples quanto isto. Pertenço-te. E o pior, é que não sinto o menor embaraço em admitir isto! (Se te ris do que acabei de escrever, bato-te. Juro-te que sim!)
Na verdade, e sendo justa, pertencê-mo-nos. Podia ter-nos dado para muito pior, não te parece querido?
Durante estes meses tudo o que fiz foi tentar que desaparecesses. Sabes quanto difícil é recomeçar sem ti? E esquecer o que o toque das tuas mãos provoca em cada bocadinho meu?
Viver sem ti não é viver. É sobreviver. E isso é o que tenho feito, desde aquele abraço de despedida no aeroporto que te levou para longe de mim. Sobreviver. Sem ti, não vivo, sobrevivo.

(...)

terça-feira, 15 de julho de 2014

A ilusão do Ser Humano


"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. 
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. 
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Procurar-te-ei



Até que a chuva lave da rua a tua passagem
E apague do meu peito a tua imagem,
Até que a luz se canse de brilhar,
E deixe a noite por iluminar.
Até que morra em mim tudo o que sei,
Procurar-te-ei.

13.07.2013

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Como sobreviver a uma Segunda-Feira


Oba!!!! Haja alegria e muito café para aguentar o dia!! 
E lembrem-se, tudo fica mais fácil com um sorriso. E se isso não resultar, "bota" entupir o sistema com açúcar! São pelo menos estas as minhas técnicas de sobrevivência, especialmente a ultima... claro que em casos extremos, existe sempre aquela palavra mágica, feia, muito feia, mas que faz tanto bem à alma e que os portuenses usam como virgula! 
Vá, existe ainda outra técnica queutilizomuitoetemresultadosfenomenais, humor irónico, se bem que prefiro nestes casos o sarcasmo... é a melhor forma de insultar idiotas sem que eles dêem conta! 
Evidente que furar os quatro pneus do carro do patrão também é uma excelente forma de começar a semana! Tão tentadora esta ideia... quer dizer, péssima... oh deliciosamente péssima ideia!

Quem é amiga, quem é?!

Boa semana minha gente!**

domingo, 6 de julho de 2014

Palácio do Conde do Bolhão - Campanha degrau a degrau



Ainda em relação ao post anterior, deixo-vos este video. É uma mini visita guiada pela mão de António Capelo, pelo magnifico Palácio do Conde do Bolhão, onde este explica um pouco da sua história, tão presente nos romances do meu querido Camilo Castelo Branco e onde nos fala da Campanha De Degrau a Degrau!!

Vejam, por favor percam um pouco do vosso tempo e deixem-se apaixonar por este Palácio e por este projecto.

Obrigadinha pela paciência! E ajudem ajudem!!!!

Campanha Degrau a Degrau


Olá amigos,

hoje trago-vos um projecto pelo qual me apaixonei assim que ouvi falar dele, por isso peço que leiam este post com muito carinho. A campanha Degrau a Degrau foi lançada pelo actor António Capelo, que é neste momento o director da Academia Contemporânea do Espectáculo. 
Esta companhia é detentora de um espaço que pertence à Câmara Municipal do Porto, o Palácio do Conde do Bolhão. À 13 anos que a equipa da ACE luta por este projecto que ao longo dos anos tem vindo a sofrer obras de qualificação e requalificação. 
À 13 anos que travam esta batalha para conseguir transformar este monumento histórico belíssimo que foi deixado ao abandono, em plena baixa do Porto, junto ao Mercado do Bolhão, numa casa de teatro e das artes. 
Apesar do muito que já foi feito, restaurar em detalhe todos os interiores deste magnifico Palácio, não tem sido fácil e dada a complexidade dos trabalhos de restauro e como é claro, os praticamente inexistentes apoios internacionais mas especialmente nacionais, a ACE, não têm possibilidade para concluir este projecto sem ajudas. 
O que têm tentado fazer é encontrar mecenato que possa trabalhar com esta companhia no restauro das salas do Palácio. Porém, para a escadaria principal, que dá acesso aos diferentes pisos do edifício não foi possível encontrar ninguém interessado em se associar à ACE para a recuperar.
A reabilitação desta escadaria monumental, de 67 degraus e o espaço envolvente está orçamentada em 35 mil euros. Nesse sentido foi lançada esta campanha para angariar donativos para este fim, e pode-se contribuir a partir de um euro, sim um simples euro, que hoje em dia nem dá para dois cafés, até ao limite que cada um puder.

Como recompensa para quem ajudar, independentemente do valor doado, o nome da pessoa em questão estará presente em determinado local neste palácio. 
Esta é uma forma de agradecimento por parte da ACE, mas é também um meio de incluir a população neste sonho de um grupo/escola de teatro.

Todavia, para mim é um pouco mais do que isso. Um dos motivos pelo qual a Invicta roubou sem vergonha nenhuma o meu coração foi precisamente por estes edifícios antigos, que respiram uma época de glamour e classe. Eles são parte viva na história do Porto e preservá-los é manter essa herança sempre pronta para ser partilhada. Entender o nosso passado é entender o nosso presente e o rumo que queremos dar ao futuro. 
A antiguidade destes edifícios que para muitos faz com que o Porto pareça sombrio, velho, meio abandonado, para mim estes fazem parte da identidade não apenas dos portuenses mas de todos os portugueses! Pode-se discutir onde é que D. Afonso Henriques nasceu, Guimarães será sempre onde Portugal começou a ser desenhado, mas meus amigos, o nome deste nosso mui nobre país veio desta terra maravilhosa! Portucale, hoje mais conhecida mesmo como Porto, e isso é indiscutível e inalterável!

Por isso ajudar este projecto é apoiar as artes e a difusão da cultura mas é também devolver à cidade e ao País um pouco de nós, porque um país é feito de história e a historia é feita de gente! 

Preservar estes "monstros" arquitectónicos é manter intacta a nossa identidade! 

Vamos lá ajudar este projecto, eu já o fiz e mal posso esperar para ver este palácio aberto ao público e encontrar lá perdido entre tantos outros o meu nome. 

Neste Link podem aceder a toda a informação mais pormenorizadamente. Assim como o NIB para a transferência bancária. 

Espero que este sonho vos apaixone como fez comigo e contribuam na medida das vossas possibilidades. 

Até breve**

sábado, 5 de julho de 2014

A história da minha vida


Ainda em relação ao post de ontem, é assim que o meu cérebro funciona quando o assunto é livros...

Nada mais a declarar!

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Festival do Livro


Olá amigos,´

na próxima semana o Mercado do Bom Sucesso vai acolher um festival do livro!! Ler é Rock é o nome deste evento que começa dia 09 e prolonga-se até 13 de Julho. 
A marcar presença estarão grupos editoriais como Almedina, Bertrand, Vida Económica, assim como uma lista muito muito doce de Alfarrabistas!
Tenho a declarar que acho isto uma piada vinda directamente dos confins da casa do Demo. Está uma pessoa diariamente a fazer um esforço nada (nadinha de nada mesmo) saudável para se controlar e não comprar mais livros (vergonhosa a minha lista de espera) e depois é isto, um festival às portas de casa! Se afinar o ouvido consigo ouvir o meu multibanco já a gemer! 

Aproveitem, estes eventos são sempre óptimos para encontrar preciosidades literárias e claro promoções convidativas...

Ai senhor ajuda-me!

Até breve**

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Recadinho a quem interessar VI



"Gosto de quando és homem, sabias? da maneira como corajosamente te encolhes e me mostras que és tão grande, um gigante imenso que doí. Há tanta gente que não têm tamanho suficiente para ficar pequena, já viste? às vezes há tectos insustentáveis dentro de nós, dias que nos pedem desistência, e é então que te deixas ir à espera de que te vá buscar (...)
És tão cobarde como herói e é assim que te amo, o menino que se fez grande para me poder defender, gosto muito do heroísmo da tua fragilidade."